Sociedade

Enfermeiros reuniram com Associação de Municípios Terras do Infante sobre problemas do serviço de Medicina do Hospital de Lagos

 
Enfermeiros do serviço de Medicina do Hospital de Lagos reuniram ontem com a Presidente Maria Joaquina Matos e Secretário José Amarelinho da Associação de Municípios Terras do Infante.

 
Segundo a Direção Regional de Faro do SEP, a carência de profissionais dos vários grupos, nomeadamente de enfermeiros foi o principal foco de um abaixo-assinado subscrito pela equipa de enfermagem, enviado a 4 de abril à administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve e Ministra da Saúde.
 
A diminuição ao longo dos anos do número de profissionais por turno, as admissões e substituição das ausências prolongadas insuficientes e o impacto na prestação de cuidados e na acessibilidade dos cidadãos foram o tema desta reunião.
 
A equipa de enfermagem da Medicina deveria ser constituída por 47 enfermeiros, de acordo com a fórmula de cálculo para dotações seguras, mas conta apenas com 33, porque 12 enfermeiros estão ausentes por baixas ou licenças parentais, cujo trabalho que deveria ser feito pelos 47 está a ser assegurado por 21, consequentemente são já 500 dias de descanso em dívida à equipa, pode ler-se no documento comunicado do SEP.
 
Perante este cenário, os enfermeiros apelaram à intervenção daquela Associação (representa os 3 municípios cujo hospital de Lagos é referência) e deixaram um convite para que os Presidentes de Câmara visitem o serviço.
 
Perante as dificuldades descritas por três enfermeiros lacobrigenses, a Presidente da Associação assumiu o compromisso, de em conjunto com os outros dois Presidentes de Câmara, pedir reuniões ao CHUA, ARS Algarve e convidar o Secretário de Estado da Saúde para se deslocar à região. Prometeu também levar o documento entregue pelos enfermeiros às reuniões de Câmara e Assembleias Municipais dos três municípios (Vila do Bispo, Aljezur e Lagos).
 
O SEP exige que os Ministérios da Saúde e das Finanças autorizem a admissão urgente de profissionais de enfermagem de acordo com as necessidades reais e lembra que a Ministra da Saúde assumiu como prioritário a admissão de enfermeiros para diminuir o recurso ao trabalho extraordinário.