No âmbito da greve convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, para os dias 22 e 23 de agosto, o Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Algarve informou esta quarta-feira em comunicado que se encontra disponível, "para continuar a dialogar com o sindicato e chegar a um entendimento sobre as suas reivindicações, sem prejudicar os enfermeiros do Algarve em relação as outras regiões".
O mesmo Conselho Diretivo assume que desde que assumiu funções, "uma das prioridades tem sido a valorização e o reforço de todos os profissionais que integram a instituição, quer na melhoria das condições de trabalho quer na contratação de mais recursos humanos, incluindo os profissionais de enfermagem".
Sobre este aspeto a entidade aponta que tem havido nos últimos quatro anos, "uma evolução consistente" do número de enfermeiros nos cuidados de saúde primários afetos ao Serviço Nacional de Saúde na região do Algarve (394 em 2015; 443 em junho de 2019), estando ainda em fase de conclusão um concurso para o ingresso de mais enfermeiros.
Recorde-se que a Direção Regional de Faro do SEP confirmou que a principal razão da greve é o descongelamento das progressões.
Na posição do SEP, a ARS Algarve está a contabilizar de “forma errada”, os pontos para efeitos de progressão, prejudicando os enfermeiros em uma ou até duas posições remuneratórias.
Os sindicalistas dizem que, a Administração Regional de Saúde, ignora a carreira de Enfermagem, colocando enfermeiros com 15 ou mais anos de serviço no nível remuneratório de recém-formados.
Querem que seja feita a contabilização correta de pontos “para uma justa progressão”, bem como a revisão dos mapas de pessoal para admissão de 150 enfermeiros, de acordo com as dotações seguras, e consequente abertura de concurso.