No dia em que o concelho de Monchique recebeu, o Presidente da Assembleia da República, o Ministro da Agricultura e o Secretário de Estado das Florestas, para além dos deputados da Comissão de Agricultura, o autarca Rui André, deu a conhecer que no total há 74 casas que foram afetadas pelo fogo no concelho e que destas, 30 são de primeira habitação.
O presidente da câmara revelou aos jornalistas que não há muito tempo a perder, se a intervenção urgente anunciada pelo Governo, enquadrada no programa "Porta de Entrada" não se aplicar de forma rápida, aí o Município assume o realojamento e avança com os apoios necessários.
Rui André relembrou que para a reconstrução das casas afetadas, os proprietários terão que avançar com 25% do rendimento, durante 15 anos, o "que para algumas pessoas será muito difícil".
Eduardo Ferro Rodrigues, mostrou-se solidário com os concelhos por onde passou o fogo, afirmando que a Assembleia da República, "está disponível para apoiar no esforço que está a ser feito, de forma a reerguer as casas que arderam, algo consensual pelos Grupos Parlamentares presentes na reunião em Monchique, e não será por causa da Assembleia da República que o Governo não vai ser rápido na atribuição de apoios às pessoas afetadas".
Também hoje passou por Monchique, o Ministro da Agricultura - Capoulas Santos, que viu de perto a devastação no concelho, prometendo agilidade nos processos de candidatura aos apoios simples.
Capoulas Santos garantiu que "os prejuízos até aos 5 mil euros, são pagos a 100%, até aos 50 mil euros, são pagos a 85%, e dos 50 mil euros aos 800 mil, são pagos a 50%".
As candidaturas abrem na segunda-feira e os agricultores terão um mês para apresentarem os prejuízos.
Relativamente à floresta, o Ministro avançou que há condições para abrir concursos direcionados às zonas afetadas com vista à reflorestação, onde os apoios podem ir até aos 100%.
