Sociedade

O melhor do fotojornalismo para contemplar em Loulé até 4 de setembro

Regenesis©GonçaloDelgado
Regenesis©GonçaloDelgado  
A Galeria de Arte do Convento Espírito Santo, em Loulé, acolhe a exposição com os trabalhos vencedores de 2021 do “Prémio Estação Imagem Coimbra”, entre os dias 30 de julho e 4 de setembro.

Segundo avança a autarquia em nota de imprensa, trata-se do principal prémio internacional de fotojornalismo que se disputa anualmente em Portugal desde 2010, e que integra também candidaturas de fotojornalistas dos PALOP e da Galiza, e dos fotojornalistas portugueses aí residentes.
 
O fotojornalista Gonçalo Delgado é o grande vencedor desta 12ª edição, com uma reportagem que põe em confronto a vida e o espectro da morte, o nascimento e a agonia, representados pelas unidades de Obstetrícia e de Cuidados Intensivos COVID- 19, separadas apenas por um andar na mesma unidade hospitalar.
 
Para Fotografia do Ano, a escolha dos jurados foi para uma foto do fotojornalista galego Brais Lorenzo Couto, obtida durante a celebração do 98º aniversário de uma utente num lar de idosos fortemente atingido pelo coronavírus. Nesta mesma categoria, o júri decidiu atribuir ainda uma menção honrosa para a fotografia de Nuno André Ferreira que mostra uma criança num cenário de incêndio florestal.
 
Nas restantes categorias, o júri internacional premiou os fotojornalistas João Porfírio/Notícias, Ana Brígida/Assuntos Contemporâneos, Tiago Fonseca/Vida Quotidiana, e Leonel de Castro/ Retratos, tendo ainda atribuído menções honrosas a José Fernandes/Assuntos Contemporâneos, Francisco Romão Pereira/Vida Quotidiana, Pedro Gomes Almeida/Retratos e Paulo Nunes do Santos/Retratos.
 
Num ano marcado pela pandemia, o confinamento e as restrições a todas as atividades, o júri decidiu não atribuir quaisquer prémios nas categorias Arte e Espetáculos, Ambiente e Desporto.
 
A Bolsa Estação Imagem 2021 Coimbra foi desta vez atribuída ao fotojornalista Nuno André Ferreira, que se propõe desenvolver um trabalho sobre a vivência, tradição e importância histórica das Repúblicas estudantis, que são património da cidade e Universidade de Coimbra.
 
Apesar do contexto de confinamento que se prolongou por grande parte do ano, foram submetidos a concurso mais de 300 trabalhos.
 
Presidido por Thomas Borberg, editor-chefe de fotografia do jornal Politiken, da Dinamarca, e também jurado do World Press Photo, o júri desta 12ª edição do “Prémio Estação Imagem” teve ainda a participação de Jodi Bieber, vencedora de vários prémios internacionais, incluindo o Premier Award da World Press Photo em 2010; Fabio Bucciarelli, fotógrafo, jornalista e escritor cujos trabalhos têm sido reconhecidos com prémios como Fotógrafo do Ano 2019, Medalha de Ouro Robert Capa, World Press Photo ou Best of Photojournalism; Aïda Muleneh, fundadora e diretora do Addis Foto Fest que iniciou carreira no The Washington Post e tem um resumo do seu trabalho na coleção permanente do Museu de Arte Moderna (MoMA); Muhammed Muheisen, fotógrafo da National Geographic e duplo vencedor do Prémio Pulitzer; e Pierre Fernandez, Gestor Operacional para a Promoção de Conteúdos Multimédia da Agence France-Presse (AFP).
 
A exposição inaugura às 18h00 desta sexta-feira e pode ser visitada de terça-feira a sábado, das 10h00 às 16h30. A entrada é livre, mas os visitantes deverão cumprir as normas de segurança da Direção-Geral de Saúde, nomeadamente o uso obrigatório de máscara.