Sociedade

Serviços públicos de Aljezur em rutura com presença de migrantes vindos de Odemira

 
Face às últimas notícias veiculadas na comunicação social dando conta da situação que se vive no concelho de Odemira, mais particularmente nas freguesias de S. Teotónio e de Vila Nova de Milfontes, o município de Aljezur promoveu uma reunião conjunta com as forças de segurança locais, as juntas de freguesia, Finanças e Segurança Social.

Em comunicado, a autarquia diz que a reunião teve vários objetivos, tendo em conta que estes serviços são os mais afetados, no sentido de perceber quais as situações eventualmente problemáticas ou que possam causar mais pressão, no que diz respeito ao acolhimento e integração da população migrante.
 
Quanto à população oriunda de países asiáticos, é reconhecida, por um lado, a procura dos referidos serviços públicos, que registam números "muito acima do que é a capacidade e a disponibilidade de recursos humanos para responder a todos os casos", uma consequência "do "encaminhamento do serviços públicos de Odemira que fazem para o concelho de Aljezur", adianta o município.
 
Trata-se de trabalhadores migrantes de atividades agrícolas com residência, maioritariamente em S. Teotónio e em Vila Nova de Milfontes, que se dirigem ao Serviço de Finanças e da Segurança Social de Aljezur para realizarem os registos e obterem a documentação que necessitam para a permanência em território nacional. 
 
Face a esta situação anómala, o município confirma que a mesma tem impacto não só na vida da população local, "que fica obrigada a longas esperas, quando não desiste mesmo de ser atendida; mas também tem impacto nos trabalhadores destes serviços que se veem a braços com o enorme acréscimo do volume de trabalho". Por outro lado, a autarquia reconhece que há uma concentração de população migrante, flutuante, em alguns locais do concelho, "bem como moradas sistematicamente referenciadas como locais para a obtenção de atestados de residência, assistindo-se à sobrelotação permanente ou temporária das habitações". 
 
O município promete estar atento para travar os problemas de exploração a que estas pessoas ficam expostas às mãos das redes de tráfico e exploração de seres humanos e negócios ilegais, fiscalizando situações que possa detetar ou que sejam reportadas, como sejam a proliferação de atividades conotadas com «educação alternativa» e «escolas» ilegais, que colocam em risco a segurança das crianças e o seu direito à educação", conclui.