Sociedade

Sindicato dos Enfermeiros Portugueses considera “inaceitável” recuo da administração do CHUA

 
Em comunicado à imprensa, a Direção Regional de Faro do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses adianta que, “a mesma administração que reconhece a necessidade de serem promovidas políticas que motivem os profissionais, em concreto os enfermeiros, é a mesma que opta por não o fazer”.

 
O SEP recorda que em reunião a 4 de setembro, no seguimento da greve de 17 de agosto, a Administração do CHUA - Centro Hospitalar Universitário do Algarve, assumiu o compromisso de atribuir 1,5 pontos entre 2004 e 2014 aos enfermeiros com Contrato Trabalho em Funções Públicas.
 
Foi também assumido não considerar o reposicionamento faseado na primeira posição remuneratória da grelha salarial (2011, 2012, 2013 e 2015) como uma progressão, o que significa que contará pontos para trás desse momento, explica o SEP.
 
Foi também definido atribuir pelo menos um ponto aos enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho entre 2004 e 2014, comprometendo-se a avaliar a atribuição de 1,5 pontos à semelhança do consagrado para os enfermeiros com Contrato Trabalho em Funções Públicas.
 
"Dando o dito por não dito e voltando a discriminar os enfermeiros, a administração apenas está a contabilizar 1,5pts entre 2004 e 2010, prejudicando os enfermeiros em menos 2 pontos entre 2011 e 2014, correspondente a 306 dias de trabalho, que para a administração valem zero", sustenta o mesmo comunicado.
 
Para o Sindicato trata-se de um "roubo" que prejudica centenas de enfermeiros cuja expetativa era o de "descongelarem" uma alteração de posição remuneratória com efeitos a janeiro de 2018 e outros numa segunda alteração em 2019.
 
Quanto aos enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho o SEP adianta ser "inconcebível que empurrem uma eventual mudança de posição remuneratória para 2019, pelo que continua sem se conhecer a posição de harmonização para 1,5pts".
 
O mesmo sindicato considera “totalmente incompreensível este recuo por parte da administração", prometendo "resposta dos enfermeiros”.