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AVC - Acidente vascular cerebral

O acidente vascular cerebral, também designado no senso comum por derrame cerebral, carateriza-se pela perda rápida da função neurológica, decorrente do entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais. Inicialmente, é uma doença súbita que pode ocorrer por duas razões: isquemia(falta de suprimento sanguíneo para um tecido orgânico) ou hemorragia.
 
Tipos de AVC: 
 
A falta de irrigação sanguínea numa determinada área cerebral e que pode causar a morte de tecido cerebral - é o AVC isquêmico. 
 
O ataque isquêmico transitório – AIT, corresponde a uma isquemia passageira que não chega a constituir uma lesão neurológica definitiva e não deixa sequelas. 
 
Este é um episódio súbito de déficite sanguíneo numa região do cérebro com manifestações neurológicas, que se recuperam em minutos ou nas 24 horas seguintes. 
 
Ainda que, de menor gravidade aparente, constitui um fator de risco muito importante, visto que, uma elevada porcentagem dos pacientes com AIT apresentam um AVC nos dias subsequentes. 
 
Já o AVC hemorrágico é menos comum, mas não menos grave, e ocorre pela rutura de um vaso sanguíneo intra-craniano, levando à formação de um coágulo que afeta determinada função cerebral. 
 
Reabilitação: 
 
Em caso de ocorrência de um dos tipos acima descritos, a reabilitação constitui o método de recuperação mais eficaz, contudo é longo e, nem sempre restabelece a normalidade das funções, já que depende da gravidade do episódio. 
 
A reabilitação visa intervir no sistema nervoso central e inclui, além do cérebro, o tronco encefálico, o cerebelo e até a espinhal medula. 
 
Áreas afetadas: 
 
O lobo frontal que está mais ligado às decisões e movimentos, o parietal com os movimentos e a sensibilidade do pescoço para baixo e com parte da fala e o occipital com a visão. 
 
O cerebelo está ligado ao equilíbrio e ao tronco cerebral, com a respiração, movimentos e sensibilidade do pescoço para cima. 
 
Este processo é realizado por uma equipa de fisioterapia e, geralmente inclui outras especialidades, consoante as sequelas. 
 
Prevenção: 
 
O AVC é uma doença que merece muita atenção pela dependência e alteração de vida que pode causar, pelo que o melhor é prevenir a sua ocorrência através do controlo dos fatores de risco, sendo a hipertensão arterial sistémica, não controlada, a principal interveniente neste processo e tudo o que lhe está associado, como sendo a Diabetes, o Colesterol elevado, a obesidade, o sedentarismo e demais complicações associadas. 
 
Sintomas: 
 
A rápida deteção do AVC pode reduzir a sua gravidade, pelo que é necessário estar atento a: 
cefaleia intensa e sem causa aparente; sensação de formigueiro nos braços e nas pernas; dificuldades em falar, perda do equilíbrio, perda súbita da força na face, braço ou perna de um ou de ambos os lados,alteração da sensibilidade, perda súbita de visão num ou em ambos os olhos, vertigem súbita e intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vómitos. 
 
Ajudar a identificar o AVC e pedir socorro: 
 
Se pedir para a pessoa sorrir, detetará que, se ela mover a face apenas para um lado, pode estar em situação de risco. 
 
Pedir para que levante os braços e avalie se existe dificuldade em fazê-lo, ou se um deles cai após erguido. 
 
Dê uma ordem ou peça que a pessoa repita alguma frase, perante a não resposta fique alerta. 
Mediante estes sinais, o ideal é não perder tempo e pedir socorro, pois quanto mais cedo o paciente for atendido, mais rapidamente entrará em tratamento. Seja objetivo nesta análise e não adie o pedido de ajuda médica o quanto antes. 
 
Tratamento: 
 
O AVC tem tratamento quando o paciente é socorrido a tempo. 
 
O tratamento do AVC isquémico é realizado com medicamentos trombolíticos, que possuem a propriedade de dissolver o coágulo sangúineo que está entupindo a artéria cerebral, causando a isquemia. 
 
O medicamento adequado ao AVC pode ser administrado por via endovenosa nas primeiras 4,5 hora do início dos sintomas. 
 
Após essa fase inicial de instalação, a trombólise pode já não ser eficiente, e tornar-se perigosa por causar uma reperfusão de um tecido necrótico, transformando o AVC isquêmico num acidente hemorrágico, que pode levar à morte ou sequelas mais graves. 
 
Eis a importância de prestar socorro atempado, pois faz toda a diferença na prestação de cuidados. 
 
Prevenção: 
 
É sempre de reforçar a prevenção, pois todas as doenças vasculares requerem um acompanhamento e uma vigilância permanente dos fatores de risco, pelo que, nunca é demais recordar para ter em conta: a hipertensão, a aterosclerose, a diabetes mellitus, o colesterol elevado, os comportamentos de risco como o tabagismo e o alcoolismo e a vigilância de eventuais alterações no organismo. 
 
Aquando controlada e mantida a prescrição médica, a possibilidade de AVC é muito reduzida, tal como as sequelas que possa causar. Não interromper a medicação, nem a manutenção dos hábitos diários recomendados, é garantir que se está a prevenir o AVC de uma forma regrada. 
 
Consequências do AVC: 
 
O AVC pode afetar diversos aspetos na qualidade de vida do paciente, tais como: a paralisia e fraqueza, habilidades de comunicação comprometidas como a fala, a capacidade de compreensão, os sentidos, o raciocínio, as emoções e a memória. 
 
Neste sentido, uma dieta alimentar regrada, a vigilância dos hábitos diários e estar atento aos sintomas, são a melhor forma de prevenir. Note-se que, mediante o cuidado do paciente, assim será o desfecho de um episódio súbito, já que faz toda a diferença entre quem tem hábitos de vida saudáveis e controla os fatores de risco e, quem não o faz! 
 
Registe que este artigo é um alerta que, de forma alguma, invalida a ida a um médico assistente e a receber os necessários conselhos para prevenir esta e outras doenças. Tenha em conta a importância de cumprir as indicações dos especialistas, pois o que está em causa é a sua saúde e qualidade de vida!