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Esclerose Lateral Amiotrófica

Entende-se por Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) como uma doença neurodegenerativa progressiva.
 
Ainda descrita por doença de Lou Gehrig e doença de Charcot, esta patologia caracteriza-se pela degeneração dos neurónios motores, as células do sistema nervoso central que controlam os movimentos voluntários dos músculos, e com a sensibilidade preservada. 
 
Em termos gerais, esta doença é a forma mais comum de degeneração do neurónio motor. No que se refere ao termo esclerose lateral, trata-se de um "endurecimento" do corno lateral da espinal medula, na qual se localizam fibras nervosas oriundas por neurónios motores superiores, formando o trato cortico-espinal lateral. 
 
Como os músculos requerem uma intervenção patente para que mantenham a sua funcionalidade e trofismo, a ocorrência da degeneração progressiva dos neurónios motores (tanto superiores, corticais, quanto inferiores, do tronco cerebral e medula), dá lugar à atrofia por desnervação. 
 
Neste sentido, o paciente passa a manifestar perda de massa muscular, dificuldades progressivas em executar movimentos e perda de força muscular. 
 
Descrição da doença: 
 
Descrita como uma "ausência de nutrição muscular", a doença resulta da atrofia do tecido muscular estático. 
 
Quanto ao termo lateral, este descreve a topografia das lesões na espinal medula, área onde se localizam as células nervosas. 
 
Causas: 
 
De acordo com os estudos levados a cabo, esta doença tem causas essencialmente genéticas, uma vez que até ao momento outras eventuais causas ainda não são conhecidas. 
 
Sintomas: 
 
Trata-se de uma doença que acomete o sistema nervoso, até ao momento irreversível, que incapacita o portador à medida que avança. 
 
A pessoa sente dificuldades de locomoção, e em tarefas tão elementares como: comer ou falar, já que perde habilidade de movimentos, inclusive das próprias mãos, não consegue permanecer de pé por muito tempo pois a doença acaba por afetar toda a musculatura. 
 
Geralmente atinge pessoas mais idosas, no entanto, são conhecidos casos de pessoas que apresentaram a doença por volta dos 20 anos de idade. 
 
Progressão da doença: 
 
Por se tratar de uma doença degenerativa e progressiva, geralmente depois da perda das habilidades de locomoção, fala e deglutição, o doente acaba por falecer, se não for submetido a tratamento, isto porque a incapacidade respiratória passa a ser um fator altamente negativo aquando os músculos associados à respiração são afetados. 
 
Neste sentido, torna-se necessário que o paciente seja acompanhado cada vez mais de perto para que possa ser ajudado em situações para as quais já está limitado, como é o caso da alimentação e da satisfação das restantes necessidades básicas de vida que lhe possam dar algum conforto. 
 
Ao mesmo tempo, a doença não afeta as suas capacidades inteletuais, o paciente percebe tudo o que acontece à sua volta, vivência por isso lucidamente a doença e a sua progressão, sendo acrescidas as dificuldades de comunicação com outras pessoas caso já exista comprometimento dos músculos da fala. 
 
Tratamento: 
 
Até ao momento ainda não existe qualquer forma de tratamento para esta patologia que se torne eficaz na cura, no entanto, existem substâncias no mercado que, mesmo sendo de alto custo, muitas vezes ajudam no retardamento da doença, já que atua ao nível da sua progressão. 
 
Esta é mais uma situação em que os cuidados paliativos são um suporte indispensável a par do apoio familiar e dos amigos que assumem um papel fulcral na aceitação de um processo doloroso para todos, mas sobretudo para o paciente. 
 
A esperança de vida varia de pessoa para pessoa, bem como a progressão da doença pode ser distinta em cada caso, pelo que só o médico deve fornecer esse tipo de informações mediante o estudo detalhado do paciente. 
 
Nota: Entenda este artigo como meramente informativo e um despertar para solicitar apoio médico perante os primeiros sinais anormais ou desconhecidos.