Ninguém é perfeito e há pessoas mais difíceis de conviver do que outras, seja pela sua cultura, grau de escolarização, valores ou personalidade. Não podemos mudar os outros, mas temos de encontrar uma solução para lidar com pessoas negativas, destrutivas e conflituosas, sob pena de adoecermos física e mentalmente.
Os especialistas são unânimes em reconhecer que, «uma relação envolta em conflitos e que nos provoca desconforto, não é nem saudável, nem deve ser arrastada no tempo pelos inúmeros prejuízos que acarreta». Nesse sentido, é inevitável o conselho: afaste-se de relações sem sentido, carregadas de negatividade e de toxicidade, já que não existe lógica em manter esse tipo de ligação, mesmo que seja com um familiar, um colega ou um suposto amigo.
Na posição dos entendidos nesta matéria, devemos aprender a ignorar essas pessoas para nos protegermos. E como?
Comece por negar convites e por negar a sua presença em ambientes onde sabe que se vai confrontar com esse tipo de pessoas.
Tente identificar aquilo que o incomoda nesse contacto para evitar que uma relação destrutiva se prolongue no tempo. Neste caso, os especialistas alertam que, nem sempre temos a necessária lucidez para fazer este exercício, pelo que devemos estar mais atentos aos outros e a nós mesmos, tentando perceber o que nos incomoda nas relações que estabelecemos.
Na mesma sequência, se soubermos exatamente o que nos incomoda numa pessoa, podemos evitar chegar ao conflito afastando-nos dela ou do seu grupo de pertença. Dessa forma, evitam-se muitos momentos desagradáveis, pelo que, de certo modo “colocar um chip” na pessoa; com um “sinal negativo”, acaba por ser muito benéfico para evitar mal-estar de parte a parte.
Depois, registe que, ninguém pode afetar-nos sem o nosso consentimento, pelo que, somos nós que validamos as opiniões dos outros. O que os outros pensam sobre as decisões que tomamos não nos deve importar. Com isto aprendemos a lidar com a crítica alheia de uma forma inteligente.
Um outro ponto a ter em conta é a capacidade que muitas pessoas têm de gerar inseguranças nos outros. Apresentam um estilo de “sabe-tudo”, quando na realidade não sabem mais do que nós sobre uma determinada matéria. Este ponto provoca muita instabilidade e insegurança em quem com elas convive. Evite esse tipo de atitudes e o contacto com pessoas que o façam sentir-se frustrado sem necessidade.
Os especialistas alertam ainda para que tenha em atenção que há pessoas “mestres” em comparações, a ponto de ridicularizarem os outros através do enaltecimento das suas conquistas. Não permita que o minimizem dessa forma e evite esse tipo de convivência, pois o leitor saberá muito bem evidenciar os seus feitos da forma mais adequada. Não permita este tipo de humilhação seja em que contexto for.
Anote ainda que, nem todas as pessoas ficam satisfeitas com o nosso sucesso e que, muitas vezes, até tentam desvalorizar o que conquistamos para que se possam afirmar, mas sempre a fazerem de conta que nos estão a ajudar. Esse comportamento também é muito negativo e destrutivo e, claro, não deve ser permitido. Veja frontalmente o que a pessoa lhe faz, assuma essa realidade e tenha uma atitude inteligente.
Basicamente, temos que perceber que, com o tempo, a imagem que temos das pessoas pode mudar, o que significa que afinal, não conhecíamos tão bem a pessoa como imaginávamos. Não existe problema algum em dar dois passos atrás e assumir que nos enganamos. A partir daí, daremos a nossa ausência e deixamos de nos iludir com quem nos “enganou”.
É também importante ter em conta que, na maior parte das situações, as pessoas não têm determinados comportamentos de propósito; simplesmente são assim e nós, ou as aceitamos ou não. Depois, registe que, todos merecem o nosso respeito, pelo que, o afastamento inteligente é uma marca desse mesmo respeito que vai evitar tensões, mal-estar e muitos conflitos.
É natural que, no início sinta alguma dificuldade em se afastar de quem o prejudica, mas com o passar do tempo e as vivências negativas acumuladas, verá que isso deixa de ser um problema e passa a ser normal. Damo-nos bem, continuamos a relação, há choque e mal-estar, afastamo-nos sem medo, sem culpas ou mágoas. Cada um segue o seu caminho livremente!
