Curiosidades

“Sexalescentes” – a geração que não quer envelhecer

 
Cada vez mais na ordem do dia, fala-se de sexalescentes, aqueles que não aceitam ser sexagenários acomodados ao tempo, às lembranças do passado e à apatia. São homens e mulheres entre os 60 e os 70 anos que não querem envelhecer e que fazem por isso diariamente.

Contrastam com o vestuário de há quarenta anos em que só se usavam tons escuros e discretos, como que à espera da morte ou em luto permanente, pintam o cabelo, usam produtos para melhorarem a sua aparência física, praticam desporto e mantêm-se ativos.
 
Muitos já deixaram a vida profissional ativa, ainda assim, encontraram outras atividades para preencherem o seu tempo, para se organizarem diariamente, para manterem o físico e a mente ativos. Caminham 30 minutos por dia, fazem ginástica três vezes por semana, gostam de brindar à vida quando acordam e não se preocupam em deixar de trabalhar, pois mesmo aposentados, já encontraram outra atividade.
 
Nos amores, já ultrapassaram a ideia do casamento para toda a vida e optaram por ter amor na vida, nesse sentido, desfrutam em pleno da sua relação e, quando esta não corresponde ao que desejam, partem para outra. São uma geração que se ligou ás tecnologias e que dispensa o tradicional telefone porque prefere utilizar as redes sociais e o smartphone. Usam roupas nos tons da moda, calçam ténis e vestem jeans sem qualquer preconceito porque gostam de manter a jovialidade. Já têm os filhos crescidos e lidam com eles como verdadeiros amigos num tempo moderno. Gostam dos netos e de estar com eles, mas sem as histórias deprimidas que marcavam os avós dos últimos quarenta anos. Falam de tecnologias com os mais novos, sabem manusear computadores e estar à altura das conversas da atualidade.
 
Os sexalescentes aproveitam os avanços da medicina para prolongarem a vida com qualidade, cuidam-se, alimentam-se corretamente e fazem as suas visitas regulares ao médico porque não querem morrer ou perder a qualidade de vida. Aproveitam os anos de experiência para prevenir os riscos e evitar alguns erros e desenvolvem uma inteligência muito particular porque querem manter-se ativos e em evolução. No fundo, são a geração que tem ganho mais expressão neste tempo de pandemia. São a geração que quer sorrir diariamente, que não quer transformar o tempo num mar de lamentações e que quer aproveitar a vida em pleno. Só quem chegar aos 60 anos neste século XXI, saberá valorizar o que sente esta geração que sabe aceitar-se, transformar-se e tirar o melhor partido da vida, até lá, todos podem fazer por isso, pois envelhecemos todos os dias, pelo que devemos lutar pela vida de qualidade em cada momento!
 
Fátima Fernandes