Teve lugar, hoje, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a assinatura do protocolo para a cooperação técnica e financeira para a construção do novo cais da Ilha de Tavira e da rampa varadouro, bem como a apresentação de projetos do Ministério do Mar para o concelho, momentos que foram presididos pelo Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes e pela Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.
O protocolo, que foi assinado entre as entidades Polis Litoral Ria Formosa – Sociedade para a Requalificação e Valorização da Ria Formosa, S.A., Município de Tavira e a Docapesca, Portos e Lotas, S.A., estabelece as bases de cooperação técnica e financeira para a empreitada, num investimento total previsto de 2.500.000,00 euros, que será financiado e tripartido pelas referidas entidades, em 50%, 25% e 25%, respetivamente.
A construção do cais e da rampa varadouro irá potenciar os locais existentes de embarque e desembarque de passageiros, bem como de cargas e descargas, propondo novas estruturas que primam pela segurança e modernidade.
Dado o prazo da obra representar 12 meses, estarão garantidas alternativas de acesso à Ilha de Tavira, enquanto decorrerem os trabalhos.
O protocolo homologado pela Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e pelo Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, prevê a demolição e remoção do cais existente na Ilha de Tavira, a construção de um novo cais e da rampa de varadouro e a dragagem da bacia de manobra com arranque ainda em 2017.
O Ministro do Ambiente realçou o empenho das entidades envolvidas para o avanço deste projeto, "importante para Tavira e todo o seu meio ambiente".
Matos Fernandes, deu os parabéns à Sociedade Polis Litoral Ria Formosa, pela criação do mesmo, e pela valorização do território.
Na mesma cerimónia que contou também com a presença do Secretário de Estado das Pescas José Apolinário, foram apresentados os projetos da Direção-geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos com a “Reabilitação do molhe nascente” e “Dragagem de manutenção da barra do Porto de Tavira” – e três projetos da Docapesca com a “Requalificação da lota”, “Ordenamento com cais de descarga” e “Dragagens acessórias”, previstos para o município.
Relativamente ao investimento afeto à Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, do Ministério do Mar, está previsto um investimento de 1.096.860 euros, com o objetivo de reabilitar o molhe nascente da barra do Porto de Tavira, obra em curso e que deverá estar concluída até final de outubro e a dragagem de manutenção da barra do Porto de Tavira num investimento de 89.760 euros, cujo prazo de execução decorre no quatro trimestre de 2017, prevendo a melhoria das condições de navegabilidade e acessibilidade ao Porto de Tavira.
Finalmente da parte da Docapesca, S.A, foram apresentados os projetos de requalificação da Lota, com a melhoria das condições higiossanitárias, bem como das condições de isolamento térmico, acústico, ambiental e de eficiência energética. A previsão de conclusão desta obra aponta para o terceiro trimestre de 2018, com um custo de 420 mil euros.
Ainda no âmbito da responsabilidade, da Docapesca, S.A, foi anunciado para o Porto de Pesca de Tavira, o seu ordenamento com cais de descarga, e a consequente melhoria das condições de descarga, estacionamento e abastecimento de embarcações, através de plataformas flutuantes e pontes de acesso, num investimento de 371.490 euros cuja conclusão está prevista para o terceiro trimestre de 2018.
Estão igualmente previstas dragagens, que visam recuperar as cotas mínimas à operacionalidade de estacionamento e descarga do pescado em lota.
Este projeto representa um investimento na ordem dos 301.587 euros e estará concluído no segundo trimestre de 2018.
A Ministra do Mar, realçou a coordenação dos investimentos anunciados, que vão valorizar "toda a economia ligada ao mar, em Tavira".
A governante, apontou que estes e outros investimentos asseguram dois valores primordiais "a sustentabilidade e a segurança".
Não esqueceu a naútica de recreio, sendo um segmento em que diz "ser uma área, importante sobretudo para o Algarve, pelas excelentes condições que tem, e que pode ser mais enriquecido com projetos rigorosos e sustentáveis".
Jorge Botelho, autarca de Tavira, visivelmente satisfeito, justificou por um lado a necessidade destes investimentos, muito devido "à forte pressão que Tavira regista em termos de afluência de turistas, mas também pela necessidade, de apoiar o setor da pesca, essencial para a economia local".