Ambiente

Câmara de Loulé trava projeto de instalação de nova "lixeira" no concelho

O Município de Loulé informou ter aprovado, pela terceira vez, medidas preventivas (com a consequente suspensão do PDM de Loulé em vigor) de forma a travar avanços de projetos que «possam pôr em causa o ambiente e qualidade de vida das populações».

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Esta segunda-feira, em sessão camarária, o Município explica que foi deliberado por unanimidade instituir esta medida numa extensão de 8,5 hectares na área da antiga pedreira Matos da Picota, onde o promotor Blueotter Circular, S.A. pretende instalar uma unidade de gestão de resíduos.
 
Em comunicado, a Câmara Municipal de Loulé assume que a decisão tomada, «fundamenta-se no manifesto interesse público da salvaguarda e da proteção ambiental de toda aquela área e da saúde pública e teve ainda em conta as preocupações da população circundante, a recomendação da Assembleia Municipal aprovada por unanimidade a 3 de dezembro de 2021, assim como a deliberação de câmara de 20 de dezembro».
 
O município diz estar ciente de que «os impactes ambientais decorrentes da possível instalação de atividades industriais (designadamente atividades da natureza daquela que, no presente momento, lá se pretende instalar), são negativos e de grande relevância, numa zona e área grandemente castigadas pelo facto de, durante dezenas de anos, terem aí laborado unidades industriais altamente poluidoras e danosas para a saúde pública».
 
Os responsáveis municipais sublinham ainda que «os prejuízos ambientais, sociais e económicos resultantes da possível alteração das características do local são mais gravosos do que os inerentes à adoção destas medidas preventivas».
 
A proposta, que seguirá agora para apreciação da Assembleia Municipal e CCDR Algarve, é aprovada pelo prazo de vigência de dois anos, prorrogável por mais um (caso tal se mostre necessário).