Num comunicado enviado à imprensa, o parlamentar afiança que depois de mais de um mês após o arranque do ano letivo, há turmas sem professores e com matérias em atraso.
Os dados oficiais mostram que há precisamente 2175 horários que ficaram sem qualquer colocado - a grande maioria (1775) horários incompletos (com menos de 20 horas letivas), sendo as zonas mais afetadas do país são Lisboa e Algarve.
Cristóvão Norte, diz ter recebido contactos de pais «compreensivelmente descontentes, os quais dizem que os seus filhos têm o mesmo direito à educação que os demais». O deputado fala que se trata de uma situação «intolerável, ao ponto de decorrer o ano letivo sem qualquer aula de uma disciplina.»
Um dos problemas apontados está na oferta do mercado de arrendamento, que além de escasso, soma preços elevados, Cristóvão Norte explica que o Algarve registou um crescimento económico desde 2013, assente no turismo, que fez diminuir o desemprego, mas com a desvantagem de o aumento da procura e a estagnação da oferta ter feito subir as rendas para níveis incomportáveis, «colocando acesso à habitação como um estorvo para atrair trabalhadores para a região, sejam professores, médicos, profissionais de serviços ou outros».
Outro fator apontado estará ligado a que 50% das empresas de construção civil tenham falido em 2009 «e de o Estado se ter demitido de intervir, causando um gravíssimo problema na região».
Cristovão Norte defende ser preciso incentivar a construção e rever o regime fiscal do arrendamento, colocando os imóveis públicos no mercado para fazer descer o preço. Entretanto, «como isto não se resolve da noite para o dia, o Governo tem que tomar as medidas de discriminação positiva para normalizar a vida destas famílias e destes alunos».
O deputado assinala ainda que esta será uma das prioridades dos deputados do PSD eleitos pelo Algarve, Cristóvão Norte, Rui Cristina e Ofélia Ramos.