No documento enviado ao Algarve Primeiro lê-se que, o trabalho resultou no desenvolvimento de um protótipo inovador de previsão do Índice Europeu da Qualidade do Ar (EAQI), baseado em dados ambientais recolhidos no concelho e em técnicas avançadas de inteligência artificial.
O estágio, desenvolvido pelo estudante Rodrigo Inácio, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTIG) do IPBeja, culminou com a defesa pública do relatório final apresentado no passado dia 27 de novembro na ESTIG, tendo sido atribuída a classificação de 19 valores, "demonstrando o rigor técnico e científico envolvido".
O protótipo integrou informação proveniente de 10 estações municipais de monitorização da qualidade do ar, disponibilizadas através do portal QART – Qualidade do Ar, Ruído e Tráfego, cruzando-a com dados meteorológicos históricos (ERA5) obtidos via API Open-Meteo.
"O Município de Lagoa tem vindo a afirmar-se, de forma consistente, como um território comprometido com a inovação, a sustentabilidade e a utilização responsável dos dados. Este projeto demonstra claramente a relevância de investir em conhecimento aplicado e na ligação com instituições de ensino superior", refere o presidente da autarquia, Luís Encarnação.
"Os resultados apresentados mostram que Lagoa está no caminho certo: recolhemos dados com rigor, tratamo-los com qualidade e transformamo-los em informação útil para melhorar políticas públicas, nomeadamente na área do ambiente e da saúde. Este é o tipo de investimento que prepara o futuro do concelho", acrescenta o edil.
Face à qualidade científica do trabalho, docentes do IPBeja manifestaram intenção de submeter um artigo científico baseado no projeto, identificando o Município de Lagoa como parceiro institucional e fonte dos dados ambientais utilizados, completa o comunicado.
"Este estágio foi uma oportunidade excecional para trabalhar com dados reais de um município que está a investir seriamente em soluções de cidade inteligente. Espero que o modelo desenvolvido possa ser uma base para futuros projetos e para melhorar a informação disponibilizada aos cidadãos sobre a qualidade do ar que respiram", afirma Rodrigo Inácio.