José Gusmão esteve no Quartel de Bombeiros de Vila do Bispo, tendo reafirmado a posição do Bloco de Esquerda na defesa da extensão do subsídio de risco para os bombeiros: “É incompreensível que profissionais que todos os anos arriscam a vida e a saúde a proteger o nosso território não beneficiem de um subsídio precisamente criado para compensar este tipo de atividades.”
Durante a visita, a delegação do Bloco de Esquerda que esteve também representada pelo deputado e mandatário João Vasconcelos, pelo deputado municipal de Vila do Bispo Luís Costa e por outros ativistas do concelho, diz ter tomado conhecimento das dificuldades financeiras da associação, nomeadamente ao nível das compensações pelos serviços prestados às populações, que ficam frequentemente muito abaixo do preço de custo. Os responsáveis do quartel deram também conta dos problemas logísticos decorrentes da obrigatoriedade de reportar danos nas viaturas num prazo de 24 horas após as ocorrências, prazo que, frequentemente, não permite identificar avarias, que são por isso custeadas pela associação.
O quartel conta com 50 operacionais, com elevado grau de profissionalização (34 assalariados) e participação feminina (15 mulheres).
Segundo o Bloco, há, no entanto, dificuldades na formação, nomeadamente no acesso à Escola Nacional de Bombeiros, que dá prioridade a empresas privadas em detrimento dos bombeiros, «quando estes operacionais, são aqueles que têm de atuar num conjunto muito variado de circunstâncias de elevado risco e responsabilidade».
Os responsáveis do quartel chamaram ainda a atenção para a necessidade de um trabalho preventivo, e não apenas reativo, ao nível da saúde mental dos operacionais, que estão sujeitos a níveis «elevadíssimos» de pressão.