Política

PCP visitou Castelo de Paderne e apresentou “lista de reclamações” ao Ministro da Cultura

 
O Grupo Parlamentar do PCP visitou o Castelo de Paderne no passado dia 16 de Julho e anotou uma série de carências no local que remeteu para o Ministro da Cultura.

 
A delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve e acompanhada por representantes da Direção Regional de Cultura do Algarve, visitou o Castelo de Paderne, classificado como imóvel de interesse público.
 
Os comunistas verificaram que, “decorrem atualmente, obras de conservação e restauro dos módulos de taipa almóada da torre albarrã, usando técnicas e materiais da época. Estas obras, comparticipadas por fundos comunitários, estão atrasadas: com duração prevista de 4 meses, decorrem desde setembro de 2017”.
 
Na mesma visita, a delegação do PCP assinalou que, “após a conclusão destas obras, iniciar-se-ão outras, também de conservação e restauro da taipa, no alçado nascente da muralha, para as quais já existe financiamento”.
 
Segundo os comunistas, “os trabalhos arqueológicos desenvolvidos no Castelo de Paderne, desde os anos oitenta do século passado, permitiram identificar estruturas fortificadas, edifícios habitacionais, uma igreja e um conjunto diversificado de materiais, cronologicamente enquadrados entre o século XII (período Medieval Islâmico - Almóada) e o século XVIII (período moderno)”.
 
De acordo com o PCP, “estes trabalhos devem ter continuidade, quer no interior do castelo, quer na colina onde este se encontra situado, revelando, em toda a sua plenitude, o valioso património arqueológico existente neste local”, no entanto, “o acesso ao Castelo de Paderne é feito por uma estrada, cujos últimos 2.100 metros são de terra batida em muito mau estado”, pelo que, “quando finalmente se chega ao Castelo, entre nuvens de poeira levantadas pelos carros, não há um local apropriado para estacionamento”.
 
A delegação do PCP assinala que, “o estacionamento é feito de forma caótica, num tereno de terra batido, irregular, não demarcado”.
 
Dá nopta o PCP no mesmo comunicado enviado à imprensa que, “não há qualquer estrutura de receção ao visitante, muito menos um centro de acolhimento e interpretação. Dentro do Castelo, não há um percurso delimitado para o visitante, visando proteger as muralhas e os vestígios arqueológicos colocados à vista em anteriores escavações, assim como não há condições adequadas para visitantes com mobilidade reduzida”.
 
Segundo a delegação liderada pelo deputado Paulo Sá, “é necessário melhorar os acessos e organizar o espaço envolvente do Castelo, construir um centro de acolhimento e interpretação, melhorar a sinalética de orientação e conteúdo ao longo do percurso da visita, garantir o acesso a pessoas com mobilidade reduzida e garantir a segurança do património, deste modo criando condições para que os visitantes possam fruir plenamente este monumento”.
 
O Grupo Parlamentar sustenta que, “para que as intervenções necessárias no Castelo de Paderne – escavações arqueológicas no interior do Castelo e na colina, melhoria dos acessos e arranjo do espaço envolvente, construção de um centro de acolhimento e interpretação – se tornem uma realidade, é necessário que o Governo dote a Direção Regional de Cultura do Algarve dos meios adequados, quer humanos, quer financeiros”.
 
Após a visita, o PCP remeteu um conjunto de perguntas ao Ministro da Cultura:
 
Reconhece o Ministério da Cultura que é necessário completar as escavações arqueológicas no Castelo de Paderne, alargando-as à colina onde este se situa, de forma a revelar, em toda a sua plenitude, o valioso património existente neste local?
 
Reconhece o Ministério da Cultura que é necessário melhorar os acessos e organizar o espaço envolvente do Castelo de Paderne, construir um centro de acolhimento e interpretação, melhorar a sinalética de orientação e conteúdo ao longo do percurso da visita, garantir o acesso a pessoas com mobilidade reduzida e garantir a segurança do património, deste modo criando condições para que os visitantes possam fruir plenamente este monumento?
 
Que recursos humanos e financeiros adicionais serão disponibilizados à Direção Regional de Cultura do Algarve para a concretização destas intervenções? Quando serão concretizadas?