Política

PSD/Loulé critica “falta de ambição do executivo” face ao Orçamento Participativo

Em nota enviada às redações, o PSD/Loulé aponta algumas críticas face ao Orçamento Participativo levado a cabo pelo executivo.

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“Todos concordamos que o Orçamento Participativo (OP) é um instrumento de aproximação da Administração aos Cidadãos, e serve um propósito inteligente, já que permite concretizar ideias que partem da própria população”, adianta o mesmo comunicado que, “no caso do OP de Loulé, infelizmente, a inteligência do propósito esbarra na pouca ambição da câmara municipal e do seu Presidente, Vítor Aleixo”.
 
Na posição dos sociais democratas louletanos, “importa clarificar que, contrariamente ao anunciado na imprensa, a autarquia louletana não procedeu à duplicação do montante para os projetos que venham a ser aprovados no OP”
 
Segundo o mesmo comunicado, “o anunciado aumento não passa de um embuste, já que se trata de acumular o valor anual que lhe era destinado, na medida em que o Orçamento Participativo de Loulé deixa de ser anual para passar a ser aplicado por períodos de dois anos”.
 
Assim, em vez de “duplicar 600 mil euros para 1,2 milhões de euros, o executivo de Vítor Aleixo está apenas a acumular o valor atribuído em cada ano. Não aumenta, portanto, rigorosamente nada", lê-se na mesma publicação.
 
Por outro lado, “o autarca socialista decidiu afetar internamente uma estrutura técnica em exclusivo para este efeito, com a tarefa principal de analisar os projetos apresentados, o que nos leva a interrogá-lo: se o OP passa a ser bianual, o que irão fazer estes técnicos no próximo ano?”
 
Mas é no que se refere ao valor em si que o PSD/Loulé faz o principal alerta. “Com tanto dinheiro acumulado em bancos, destinar uma verba de 1,2 milhões de euros a cada dois anos para projetos do OP revela uma confrangedora falta de ambição”.
 
Na posição da oposição, “demonstra que a autarquia não está verdadeiramente empenhada nas ideias dos seus munícipes, limitando-se a ‘fingir’ que os ouve”.
 
Numa última nota, e tendo sido anunciado que a taxa de execução dos projetos aprovados, no âmbito das anteriores edições do OP, “é de cerca de 70%,” o PSD/Loulé “lança o desafio ao executivo de Vítor Aleixo para que publique uma listagem com esses projetos e respetivas taxas de execução”.