O manifesto reúne um conjunto de desejos das crianças louletanas para a cidade. Este momento integrou-se nas comemorações do Dia Internacional da Convenção dos Direitos da Criança, que se assinala a 20 de novembro.
Conforme descreve nota da Câmara de Loulé, as crianças tiveram direito a uma audiência na sala do presidente, onde deixaram alguns pedidos para melhorar a vivência na cidade, como um parque, mais caixotes de lixo, mais sacos para os cocós dos cães ou …cozinhas de lama.! Todas as sugestões foram recebidas pelo autarca garantindo que serão executadas. “Estas reivindicações têm que ser ouvidas pois só vêm consolidar aquilo que já ouvimos e isso só significa que elas (as crianças) estão atentas aos problemas”, declarou Telmo Pinto.
Esta atividade, que acontece anualmente, é "uma semente para o futuro para a construção de uma cidadania ativa", assinala a autarquia.

Segundo explicou Ivone Machado, diretora da Casa da Primeira Infância, este trabalho de encontro com o executivo municipal, começou previamente: "Primeiro trabalhamos os direitos da UNICEF, através de histórias ou de fantoches. Depois as nossas crianças vão para a rua verificar aquilo que a nossa cidade educadora precisa de mudar, em função da idade deles e das suas necessidades”, disse a responsável. A partir daí foram as próprias crianças que criaram um livro de manifesto, que contém as reivindicações e as alterações que pretendem sejam feitas na cidade de Loulé para eles próprios se sentirem “cidadãos na comunidade”, seja em termos de segurança, preocupação com os animais ou com as pessoas idosas.
Ao longo de todo o processo, as crianças mostraram-se “muito interessadas e muito participativas”, tendo sido também as autoras dos cartazes que estarão expostos em frente aos Paços do Concelho para também sensibilizar a comunidade louletana.
Para Telmo Pinto, “é por aqui se começa a participação, a ligação com as entidades políticas, como nós. É uma maneira de aproximar, é com pequenas ações que começa o sentido de cidadania nestas crianças. O município é um parceiro das instituições de ensino, mas também uma porta aberta para as pessoas”, adiantou o autarca.