Também Joana Santos Gomes: Atleta de judo surdolímpico, detentora de um percurso desportivo de sucesso, que inclui cinco participações nos Jogos Surdolímpicos com três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze, é reconhecida pela "resiliência e prestígio dado a Faro e a Portugal".
O último voto de louvor foi para Sílvia Padinha pela liderança voluntária na Associação de Moradores da Ilha da Culatra, "com dedicação à comunidade, defesa dos direitos da ilha, coesão social e proteção ambiental", sendo reconhecida pelo "legado de resiliência, serviço público e união comunitária".
Foi aprovado por unanimidade um voto de pesar pelo falecimento do professor Teodomiro Neto, extensivo à família, amigos e ao jornal Folha do Domingo. Natural de São Bartolomeu de Messines e residente em Faro, destacou-se como escritor, jornalista, professor, historiador e dramaturgo, celebrando a identidade cultural algarvia. Exilado devido à censura, estudou e publicou na Europa, convivendo com figuras como Pablo Neruda e Simone de Beauvoir. Regressou a Portugal após 1974, tendo continuado a lecionar e a escrever, colaborando nos Anais do Município de Faro e publicado dezenas de obras sobre Faro, o Algarve, arte, teatro, história e património. Defensor da Universidade do Algarve e do Museu da Imprensa, recebeu prémios nacionais e internacionais, sendo agraciado pela Câmara de Faro com a Medalha de Mérito – Grau Ouro.
Aprovada por maioria (com a abstenção da CDU) uma declaração pela defesa e reforço da capitalidade de Faro.
Segundo a deliberação, "Faro tem perdido instituições e equipamentos regionais nas áreas da justiça, saúde, proteção civil, administração pública e ensino superior. Ficou registada preocupação relativamente à transferência do Comando Territorial da GNR para Loulé, sublinhando que tal decisão "seria inédita e prejudicial para a segurança e organização territorial da região".
Foram aprovadas outras deliberações, nomeadamente: a criação de um Livro Branco sobre a Capitalidade de Faro, em colaboração com a Universidade do Algarve, a CCDR-Algarve, a AMAL e outras entidades regionais, iniciando um ciclo de debates públicos;
A abertura de negociações com o Governo e com a ESTAMO para a salvaguarda e afetação estratégica de património público, como a instalação do novo Comando Territorial da GNR, na zona do Guilhim–Estoi;
A antiga Messe de Oficiais para fins associativos e de preservação da memória militar;
Os 16 hectares junto ao Cais Comercial para desenvolvimento económico sustentável;
O património histórico dos Hangares, na Culatra, para funções de carácter comunitário, ambiental e cultural;
Á retificação do registo indevido do antigo Emissor Regional do Sul, evitando a sua alienação;
A reafirmação da disponibilidade do Município para garantir terrenos e condições para as novas funções da GNR em Faro;
A ativação e requalificação de imóveis públicos no centro da cidade, incluindo o antigo Governo Civil e o edifício adjacente aos Paços do Concelho e a revisão conjunta com o Município de Loulé do plano do Parque das Cidades, assegurando equilíbrio no desenvolvimento de novos equipamentos.