Sociedade

A Ditadura, o 25 de Abril e a Democracia discute-se em Olhão

Eram 00 horas, 20 minutos e 19 segundos quando se ouviu, na Rádio Renascença, a canção «Grândola Vila Morena», senha do Movimento das Forças Armadas, colocada no ar por Carlos Albino, durante o programa Limite, para dar início às operações militares que viriam a derrubar o regime.

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Carlos Brito encontrava-se na clandestinidade, em Lisboa, onde era responsável da Organização Regional de Lisboa, do Ribatejo e Oeste e do Sector Militar do PCP.
 
Para trás ficavam décadas de luta clandestina, uma fuga da cadeia do Aljube, 2 prisões e mais 7 anos de reclusão no Forte de Peniche.
 
No dia seguinte, a 26 de Abril, Liliana Teles Palhinha era libertada da cadeia de Caxias. Tinha sido uma das últimas presas políticas do regime.
 
Manuel Paula Ventura, Zé da Mónica e João Feliciano Galvão, «vítimas da ditadura» que Idalécio Soares subtraiu ao esquecimento, tinham morrido há muito. O primeiro no exílio, o segundo em sequência dos maus tratos infligidos na prisão, o terceiro desaparecido depois de ter passado pela cadeia do Aljube.
 
Testemunhar a vivência dos anos da Ditadura e da Revolução e avaliar o estado da Democracia é o desafio lançado a Carlos Albino, Carlos Brito, Idalécio Soares e Liliana Palhinha, numa conversa que terá a moderação da jornalista Maria Augusta Casaca, no próximo dia 21 de abril, a partir das 15h00, na Biblioteca Municipal de Olhão. 
 
Uma organização da Editora Sul, Sol, Sal, Biblioteca Municipal de Olhão e Câmara Municipal de Olhão.