Sociedade

Águas do Algarve testa projeto inovador que remove compostos farmacêuticos em ETAR

O projeto tem um caráter de demonstração e visa que as tecnologias testadas com sucesso possam ser aplicadas noutros sistemas de tratamento a nível europeu.

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A Águas do Algarve, SA revela que foi aprovado mais um projeto de investigação e desenvolvimento, denominado "Improving current barriers for controlling pharmaceutical compounds in urban wastewater treatment plants", no âmbito do programa LIFE 2014-2017, e tem como principais objetivos monitorizar e determinar a eficiência de remoção de compostos farmacêuticos em ETAR de águas residuais urbanas com sistemas de tratamento convencionais, bem como avaliar estratégias de operação e, ou adoção de novas tecnologias que permitam potenciar a remoção deste tipo de compostos nas ETAR urbanas.
 
A empresa refere em comunicado que o projeto, em que participam oito entidades, é coordenado pelo LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil, tendo para além da Águas do Algarve, SA a participação da Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, EHS – Environmental and Regional Development Consulting, Lda, EPAL/Águas de Lisboa e Vale do Tejo e Águas do Tejo Atlântico.
 
O projeto tem a duração de três anos e meio, tendo-se iniciado em janeiro de 2016 e finalizará junho de 2019.
 
O orçamento total do projeto é de 1.492.452 euros, tendo apoio comunitário de 855.589 euros. O orçamento afeto à Águas do Algarve SA é de 155.496 euros, sendo 60% dos custos elegíveis financiados pelo programa LIFE.
 
A empresa confirma que está a proceder à realização de ensaios à escala piloto na ETAR de Faro Noroeste, onde são testados diferentes tipologias e doses de coagulantes químicos e de carvão ativado, com vista à remoção de compostos farmacêuticos.
 
Para esta monitorização de compostos farmacêuticos (cerca de 20 fármacos) a Águas do Algarve SA, adianta que a operação exigiu igualmente "o desenvolvimento e a aplicação de métodos analíticos fiáveis e robustos", o que após uma fase de ensaios, passa-se para o ensaio à escala real na ETAR durante cerca de 4 semanas.