Sociedade

ACRAL alerta para degradação do serviço público de saúde no Algarve

A ACRAL está preocupada com o Serviço Nacional de Saúde no Algarve, que diz "não está a melhorar, mas a piorar".

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"A falta de recursos humanos no setor está a tornar-se crónica, por isso é tempo de perguntar por que razão a região não consegue atrair mais profissionais de saúde", defende a ACRAL.
 
“O Centro Hospitalar do Algarve está sem diretores dos departamentos clínicos, depois da demissão dos anteriores; aumentou a conflitualidade laboral e há falhas graves nos serviços de urgência das unidades de Faro e Portimão”, recorda o presidente da associação.
 
Segundo Álvaro Viegas, todos os indicadores pioraram: "tempo de espera nas urgências e para consultas, cirurgias realizadas e primeiras consultas”.
 
Para o dirigente, “tudo isto é público e nada disto contribui para atrair clínicos para a região, pelo contrário, até justifica a saída de muitos médicos para o sector privado ou para outras zonas do país”.
 
“Apesar dos vários incentivos – financeiros e outros – criados para trazer médicos para o Algarve, quando se abrem vagas para os quadros das unidades de saúde da região, os concursos ficam desertos”, salienta Álvaro Viegas.
 
As razões, acrescenta o presidente da ACRAL, “são as já expostas, que redundam em falta de condições de trabalho dos profissionais de saúde, com unidades sobrelotadas e recursos humanos insuficientes”.
 
Álvaro Viegas conclui que “é urgente a construção do Hospital Central do Algarve, até como forma de chamar para a região mais e melhores profissionais de saúde”.