Sociedade

Agendada Marcha para "salvar" Centro de Experimentação Agrária de Tavira

Por que necessitamos de salvar o Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT)?, eis a questão que motivou cidadãos, residentes e estudantes de Tavira a realizarem uma marcha na sexta-feira, 13 de março, de forma a protestar contra a falta de ação global relativamente às alterações climáticas, e "qual a resposta do Algarve, e mais especificamente de Tavira".

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Simon Pannett, presidente da REconomia Tavira, refere que «Os pareceres de peritos exigem não só a redução de carbono, mas também a plantação de mais árvores. O clima Algarvio necessita estar muito atento à água, e no entanto, a monocultura agrícola e turística esgotam cada vez mais os nossos recursos hídricos. Caminharemos a 13 de março para pedir mais uma vez a regeneração local, a resiliência, e a necessidade de os políticos agirem, em vez de apenas falarem. Aqui em Tavira, o centro de experimentação agrícola, pode ajudar a fornecer respostas, mas a sua própria existência é ameaçada por subfinanciamento, pela construção de uma nova estrada, e por mais um projeto de urbanização.»
 
Lionel Kafcsak, do Tavira em Transição, acrescentou que «embora seja claro que o trânsito rodoviário necessite ser desviado, é incompreensível que as autoridades tenham escolhido a pior opção possível. A estrada não apenas secciona um importante centro de pesquisa, uma reserva de biodiversidade, mas potencia também trânsito e poluição junto aos portões das nossas escolas. Que exemplo é este para os nossos filhos, para a sua perspectiva de um futuro mais verde e seguro?», questiona.
 
Tavira em Transição, REconomia Tavira e Cidadãos pelo CEA Tavira, apontam como exemplo a seguir o projeto interdisciplinar de Mértola que integra um centro de investigação, um centro de residências para cientistas, um museu que combina artes, ciências e património agrícola. Até 2050, Mértola pretende ser um caminho para a regeneração de ecossistemas, e para a produção resiliente e saudável de alimentos.
 
Para estes três movimentos, "Tavira, capital da dieta mediterrânica, pode e deve liderar uma iniciativa semelhante para Portugal, tendo o CEA Tavira como base".
 
Segundo os organizadores, no próximo dia 13, a marcha começa às 17h00 no Centro de Experimentação Agrícola, em frente à Estação Ferroviária de Tavira. Segue até à Praça da República, onde fará uma pausa para algumas declarações em frente à Câmara Municipal, terminando no Jardim do Coreto.
 
Às 19h00, está prevista a exibição do documentário The Story of Plastic, no Clube de Tavira.