O BE refere que a TaviraVerde e Fagar são duas empresas municipais que satisfazem as necessidades de abastecimento de água, recolha de águas residuais e resíduos sólidos urbanos, nos municípios de Tavira e Faro, respetivamente.
Ambas são detidas pelas respetivas autarquias na razão de 51% e têm como parceiros privados a AGS e a Hidurbe, tendo a primeira, em Tavira 36,75% e 32,83% em Faro. A segunda detém 12,25% em Tavira e 16,17% em Faro.
Ambas as empresas municipais adquirem água à empresa Águas do Algarve pelos mesmos valores.
No entanto o Bloco de Esquerda, faz saber que não aceita que empresas municipais com os mesmos parceiros privados e em circunstâncias territoriais similares possam exercer uma discriminação para com os seus consumidores não-domésticos, dado que estes, no município de Tavira, são sujeitos ao pagamento de uma caução no valor de € 214 no momento da celebração de um contrato de prestação de serviços, enquanto no concelho de Faro, o mesmo consumidor paga um valor de € 20,06 para o mesmo fim.
O Bloco de Esquerda considera que os consumidores não-domésticos no concelho de Tavira são prejudicados por esta norma imposta pela empresa municipal TaviraVerde, além de não compreender os motivos da adopção da mesma.
O Bloco de Esquerda considera ainda que a Câmara Municipal de Tavira, enquanto accionista maioritário na empresa municipal de Tavira, deve adotar medidas concretas para aliviar os "graves prejuízos" sofridos pelos consumidores não-domésticos.