A AHETA considera que a promoção turística tem sido, desde sempre, o calcanhar de Aquiles do turismo do Algarve, sendo manifestamente insuficiente e desajustada das necessidades, defendendo que deve ser o sector privado a assegurar a sua gestão, nomeadamente no que se refere à sua componente mais importante – o marketing & vendas.
A recente alteração estatutária da ATA, (Associação de Turismo do Algarve) terminou com o domínio do público sobre o privado, refere a Associação dos Hoteleiros do Algarve, uma vez que retirou a inerência da presidência, assim como uma vice-presidência e cinquenta por cento dos votos à Região de Turismo do Algarve.
Para a AHETA, uma presença significativa da Direcção da RTA na ATA, incluindo a Presidência, desvirtua os princípios que presidem à contratualização da promoção turística entre o sector público e o sector privado, para além de não ser representativa da oferta turística regional.
A AHETA confirma que dispunha de apoios suficientes para garantir a vitória de uma lista candidata alternativa, quer junto de outros sócios fundadores, quer junto dos restantes associados, mas considera que abrir uma “guerra eleitoral” na ATA numa altura em que sector turístico vem registando sinais de recuperação importantes, após largos anos de estagnação e declínio nas suas receitas, só serviria para enfraquecer ainda mais os diferentes parceiros envolvidos, agudizando conflitos e causando danos ao nível da imagem da região e dos seus principais agentes – os empresários hoteleiros e turísticos.
Apesar de desenvolver todos os esforços, no âmbito de outras estruturas existentes, visando encontrar soluções alternativas em matéria de contratualização da promoção turística externa para o futuro, a AHETA assume o lugar de vice-presidente (ATA) que os estatutos conferem, dentro de uma atitude responsável e crítica sempre que os interesses do turismo e dos empresários estiverem em causa.
Deste modo, a AHETA não só não se revê, como discorda e lamenta que a solução encontrada não seja representativa da diversidade da oferta turística do Algarve nem do tecido empresarial da região, recomendando aos seus associados com PCV´s (Planos de Comercialização e Vendas) para o ano de 2014 já aprovados ou em curso, o cumprimento dos compromissos assumidos com a ATA, quer em matéria de financiamento privado, quer no desenvolvimento das acções promocionais a que se comprometeram, esperando que esta entidade cumpra integralmente as responsabilidades contraídas com as empresas.