Economia

AHETA estima perda de 4.1 milhões de passageiros no aeroporto de Faro

 
A taxa de ocupação global média/quarto em agosto no Algarve foi de 61,6%, 31,5 pontos percentuais abaixo do verificado no mesmo mês de 2019 (-33,8%), indicou a AHETA.

Segundo a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, desde janeiro, este indicador encontra-se 57,1% abaixo (-37,2pp) do verificado no período homólogo anterior.
 
Com a descida verificada, a taxa de ocupação registou o valor mais baixo de sempre para o mês de agosto, indica a associação no seu boletim mensal.
 
A variação homóloga verificada é justificada pela pandemia provocada pelo vírus COVID-19, cujo impacto na hotelaria começou a sentir-se no ínicio do mês março.
 
Todas as zonas geográficas sofreram quebras acentuadas, oscilando entre os -41,2pp (-43,6%) em Albufeira e os -18,3pp (-20,3%) em Lagos / Sagres. A zona de Albufeira foi a que registou a taxa de ocupação mais baixa, 53,4%, enquanto a mais alta ocorreu na zona de Faro/Olhão, com 73,9%.
 
As descidas absolutas foram proporcionais ao peso relativo dos mercados, sendo as maiores as do Reino Unido (-18,5pp, -79,0%), da Irlanda (-4,1pp, -91,0%) e da França (-2,7pp, -49,9%). 
 
Em agosto, a maior fatia das dormidas coube aos turistas nacionais com 69,4%, seguidos pelos britânicos (8,3%), espanhóis (6,4%) e franceses (4,6%).
 
O volume de vendas total, em termos nominais, diminuiu 34,4% relativamente a agosto de 2019.
 
A AHETA estima que o movimento no aeroporto de Faro terá atingido cerca de 417 mil passageiros, o que corresponde a uma descida de 65% face ao mesmo mês do ano anterior.
 
Em valores acumulados, desde o início do ano, o movimento de passageiros regista uma descida face ao período homólogo anterior de -79,8%, tendo sido movimentados menos 4,1 milhões de passageiros.
 
O Reino Unido, com 40,6% dos passageiros movimentados, foi a origem/destino mais importante, seguido pela Alemanha (11,7%), Holanda (10,5%), Portugal (10,4%) e França (10,0%).