«A evolução de 2018 comparativamente com 2017 é muito positiva», constata o Presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve, Paulo Morgado.
Entre 2017 e 2018, o número de reclamações que chegou aos cuidados de saúde primários e hospitalares do Serviço Nacional de Saúde do Algarve diminuiu cerca de 27% enquanto o número de elogios/sugestões aumentou mais de 7%, segundo dados dos serviços dos Gabinetes do Cidadão dos Agrupamento de Centros de Saúde e do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, que a ARS Algarve deu hoje a conhecer em comunicado.
Reorganização dos serviços e mais médicos de família são alguns factores que contribuíram para esta melhoria, apontam os dados.
No CHUA, o número de reclamações em 2018 diminuiu cerca de 37% (em 2017 receberam 2850 reclamações e em 2018 receberam 1806 reclamações). Ao mesmo tempo, o número de elogios/sugestões aumentou no mesmo período, tendo-se registado um aumento de cerca de 31% (em 2017, 216 elogios/sugestões e em 2018, 283 elogios/sugestões).
Acompanhando a tendência nacional, os Serviços de Urgência do CHUA continuam a ser os mais visados. Do total das reclamações apresentadas, mais de metade são dirigidas a estes serviços, sendo a maioria dos casos relativos aos tempos de espera, embora também aqui houve uma redução significativa – menos 734 reclamações - relativamente ao período homólogo, avança a mesma fonte.
Para Paulo Morgado, Presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve, esta redução significativa nas reclamações deve-se à reorganização destes serviços levada a cabo pelo Conselho de Administração do CHUA no último ano. «Nós reorganizamos o funcionamento do serviço de urgência da unidade de Faro. Neste momento funciona muito melhor. A esmagadora maioria das reclamações dos utentes tinha e têm a ver com o tempo de espera. Mas não foi só nas urgências do hospital de Faro, regista-se também uma diminuição em Portimão. Houve também uma diminuição das reclamações quer no Internamento, quer na Consulta Externa, aliás, em todos os serviços do CHUA registou-se uma diminuição significativa».
No que diz respeito aos cuidados de saúde primários, também há o registo de uma melhoria de cerca de 4% (1243 reclamações em 2017 e 1194 em 2018), tendo-se destacado sobretudo o ACeS Barlavento.
«Em 2015 tínhamos menos de 70% das pessoas cobertas com médico de família nos nossos Centro de Saúde do Barlavento e agora já estamos quase nos 80% de cobertura no ACeS. Estamos progressivamente a alargar a cobertura da população com Médico de Família e fruto disso, reduzimos o número de reclamações comparando 2018 com 2017», concluiu Paulo Morgado, sublinhando que actualmente a cobertura regional de médico de família é de 89% a nível regional.