Sociedade

Algarve fica à margem dos médicos especialistas

Nem os incentivos até mil euros por mês atraem os médicos para alguns centros hospitalares do país.

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No Centro, sobretudo no interior, no Alentejo e no Algarve houve dezenas de concursos sem candidatos nos últimos dois anos, o que traduz que, pelo menos metade dos concursos para contratação de médicos abertos no Alentejo nos últimos dois anos tiveram o mesmo desfecho: ficaram desertos por falta de candidatos ou porque os que havia desistiram durante o processo. 
 
Conta o DN que, o problema se estende a regiões como o Algarve ou o Centro, deixando os hospitais sem os especialistas de que necessitam em áreas como a anestesiologia, cardiologia ou neurologia. 
 
Os atrasos e dificuldades de resposta são evidentes. Nesta semana foram publicadas as vagas em que os clínicos terão incentivos, que ascendem a mais mil euros mensais nos primeiros seis meses, mas há dúvidas quanto à sua atratividade.
 
Segundo o mesmo jornal, no Alentejo, foram pelo menos 30 os concursos abertos que ficaram por preencher nos últimos dois anos: em 2014, foram 19 só para colocar os especialistas que terminaram o internato em áreas como anestesiologia, otorrino, neurologia, cardiologia ou oftalmologia. 
 
O caso agrava-se em concursos abertos e gerais, para médicos que trabalhem no setor público ou privado. Como as vagas não são feitas quase à medida do número de candidatos - como acontece com os recém-especialistas - , o desinteresse é ainda maior. Dez dos 20 abertos em 2014 ficaram desertos e sete tiveram muito menos candidatos do que vagas, conta o DN.