"Progressão afinal é ilusão?" foi este o mote que levou hoje um grupo de enfermeiros a acompanhar o Sindicato dos Enferemeiros Portugueses, na entrega de um abaixo assinado com quase 1000 assinaturas dos profissionais do Algarve, pela correta contabilização dos pontos, para que possam ter acesso ao descongelamento da progressão salarial com efeitos a janeiro deste ano.
O SEP diz em comunicado que foram recebidos pelo vogal do Conselho de Administração do CHUA, Hugo Nunes, que informou ser "vontade de todos os membros do Conselho de Administração de contabilizar corretamente os pontos não só aos enfermeiros com vínculo à função pública mas também a todos os trabalhadores com contrato individual, numa perspetiva de harmonização".
Na ARS Algarve, a vogal Josélia Gonçalves transmitiu aos enfermeiros que estão a seguir uma interpretação da Lei mais cautelosa, de acordo com orientações da Administração Central do Sistema de Saúde e que já consultaram outras Administrações Regionais de Saúde, no sentido de perceber como estavam a aplicar a contabilização dos pontos para efeitos de progressão.
Apesar de ambas as instituições não terem fechado a porta ás reivindicações dos enfermeiros, o SEP recordou os responsáveis das duas entidades, que os salários dos enfermeiros estão congelados desde há 13 anos, pelo que a expetativa é enorme relativamente a uma progressão imediata, lamentando que quase no final do ano, ainda não tenha sido dado cumprimento à norma do Orçamento do Estado de 2018, em vigor desde Janeiro.
O Sindicato frisa no mesmo comunicado, que há várias instituições no país que convergiram para um entendimento, no entanto, defende que não pode haver entendimentos da Lei diferentes, sob pena de prejudicar os enfermeiros no seu desenvolvimento salarial.
