A falta de agulhas que se fez sentir no Centro Hospitalar no Algarve, desde outubro, levou a atrasos na sinalização de cancro da próstata, conduzido a longas listas de espera.
A situação foi conhecida numa sessão de debate da Ordem dos Médicos e confirmada pelo Diário de Notícias junto da administração da instituição de saúde.
No Centro Hospitalar do Algarve, estavam em falta, desde outubro, agulhas para a realização de biópsias que visam diagnosticar cancro da próstata. O atraso de quatro meses na receção do material, cujo concurso de aquisição foi atrasado, levou a longas listas de espera.
“Não duvido do impacto que isto tem para um doente, que sabe que se suspeita de um cancro. É stressante psicologicamente”, admitiu o diretor de serviço de urologia, José Neves, que garantiu que a situação foi regularizada “há 15 dias”.
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Siva, reagiu, dizendo que “ou ninguém se apercebe de que o material estava a faltar ou deixou que se chegasse ao deserto” e que, nestes casos, “é possível recorrer ao ajuste direto”.
