Sociedade

Algarve:Partos de risco passam a ser encaminhados para a maternidade do hospital de Faro

Existem apenas sete ginecologistas para garantir o funcionamento permanente da maternidade do Hospital de Portimão, que serve o Barlavento algarvio.

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O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Algarve, Pedro Nunes, diz que o número de médicos é insuficiente, mas garante que o futuro da maternidade não está em risco.
 
"Não é possível encerrar a maternidade de Portimão porque as grávidas de Aljezur e de Odeceixe tinham de ser colocadas em Faro, à porta da maternidade, um mês antes [do parto], como se faz nos Açores", afirmou Pedro Nunes ao "Correio da Manhã", que, no entanto, confessa: "Não sei é como a vou manter aberta."
 
O responsável, que prestou esclarecimentos numa sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Portimão convocada para analisar o futuro do hospital local, argumenta que é difícil encontrar "médicos que aceitem ser contratados com os valores que hoje são impostos na Função Pública".
 
Pedro Nunes frisa que os partos de risco "devem ser encaminhados para Faro", porque apenas nesse hospital existe "uma unidade de cuidados intensivos".
 
O responsável aponta ainda a grande carência de pediatras: existem 28 em Faro e apenas oito em Portimão, número de médicos que é insuficiente para garantir a Urgência neste último hospital.