No passado dia 26 de junho, uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve, visitou as estações de tratamento de água de Alcantarilha e de Tavira e reuniu com o Conselho de Administração das Águas do Algarve.
Segundo comunicado do partido, nessa reunião, a delegação do PCP foi informada, que o adutor Funcho-Alcantarilha, com 12 km de extensão, que liga a Barragem do Funcho à Estação de Tratamento de Água (ETA) de Alcantarilha, tem diversas ruturas.
Numa delas, a perda contabilizada de água é de 6 milhões de metros cúbicos por ano, quase 10% do volume anual de água transportado por esse adutor. Noutras ruturas, as perdas não estão contabilizadas. Esta situação já se arrasta há vários anos diz o PCP, sem que a Agência Portuguesa do Ambiente, a quem compete a manutenção do adutor Funcho-Alcantarilha, faça as necessárias reparações.
A este propósito, os comunistas lembram que Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão solicitou à Agência Portuguesa do Ambiente, em outubro de 2014, autorização para efetuar a ligação do sistema de distribuição de água do Aproveitamento Hidroagrícola de Silves, Lagoa e Portimão ao adutor Funcho-Alcantarilha, sem que esta ligação tenha sido ainda autorizada. Desta forma, uma obra que custou 6,5 milhões de euros não está a ser utilizada, prejudicando centenas de agricultores.
O Grupo Parlamentar do PCP, por intermédio do deputado Paulo Sá, questionou o Ministro do Ambiente, querendo saber como justifica a tutela que as ruturas no adutor Funcho-Alcantarilha, existentes há vários anos, não tenham ainda sido reparadas, desperdiçando por ano pelo menos 6 milhões de metros cúbicos de água, quando serão realizadas as obras de reparação do adutor, qual o ponto de situação relativamente à ligação do sistema de distribuição de água do Aproveitamento Hidroagrícola de Silves, Lagoa e Portimão ao adutor Funcho-Alcantarilha e quando prevê o Ministério do Ambiente que essa ligação seja concretizada.
