Passado um mês após a data do compromisso oficial de retoma das obras na EN 125, os estaleiros estão abandonados, não há frentes de trabalho, a maior parte dos subempreiteiros foi-se embora, de dinheiro para pagar dívidas nada se sabe, uma má imagem que a Associação Algfuturo ressalva em comunicado esta segunda-feira.
Para a associação trata-se de "mais uma machadada no turismo e desrespeito pelos algarvios e entidades por parte dos agentes públicos e privados envolvidos, bloqueando toda a informação, pronúncio de que algo muito grave se passa nos bastidores".
Pelo que viram e ouviram, foi este o panorama de "desolação com protestos da população com que dirigentes da Associação Algfuturo-União pelo Futuro do Algarve se confrontaram quando na passada semana percorreram a EN125 entre Faro e Vila do Bispo".
Nesse percurso, destaque para as obras de substituição dos cabos dos tirantes, a poente, na ponte do Arade (Portimão) que se encontram paradas desde maio. Os únicos sinais visíveis de atividade são cinco homens em Vila do Bispo, adianta o mesmo comunicado.
A Algfuturo, teme mesmo que as obras não estejam concluídas até à Páscoa, período em que o Algarve volta a receber muitos turistas, "sendo inadmissível que numa obra de relevante interesse público as autoridades, contra todas as regras mais elementares de transparência democrática, tenham construído um muro de silêncio atrás do qual se escondem", conclui