A Associação Almargem deixou algumas críticas à proposta do PDM de Faro, em nota enviada à imprensa.
Para a Almargem de acordo com esta proposta do PDM, a frente lagunar da cidade de Faro poderá livrar-se da actual via de caminho-de-ferro, sendo totalmente excluída também da REN (Rede Elétrica Nacional) e da RAN, (Reserva Agrícola Nacional), "abrindo portas escancaradas" à construção de novos empreendimentos habitacionais e turísticos.
Para a mesma associação, se a actual barreira ferroviária "que tem impedido uma melhor interação de Faro com a Ria Formosa", com a nova proposta poderá ser criada uma nova barreira de "cimento e mamarrachos", pelo que é defendida, segundo a Almargem, a aposta "em espaços verdes de forma a valorizar a paisagem sublime para onde Faro tem vivido de costas voltadas".
A agravar ainda mais os impactes da urbanização intensiva da frente lagunar, a Almargm diz que é também mantida a hipótese de construção de três portos de recreio ou marinas, uma junto da actual doca, outra frente ao Bom João e a última no actual porto comercial, tal como foi apresentado em 2017 num projecto protagonizado pela UAlg-CCMAR e apoiado pelo município. A este respeito, a Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve, defende a utilização mista do porto comercial para fins de recreio náutico, devendo ser excluídas completamente as outras duas hipóteses.
Recorde-se que no passado dia 25 de janeiro, foi apresentada oficialmente, a proposta de Revisão do Plano Diretor Municipal de Faro, numa cerimónia que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Município.