A AMAL, como entidade regional, reafirma a "unânime e frontal" oposição ao prolongamento por mais um ano da licença para a pesquisa de petróleo ao largo da Costa Vicentina.
De acordo com comunicado enviado hoje à imprensa, a Comunidade Intermunicipal do Algarve, diz tratar-se de uma "decisão incompreensível à luz do potencial e do modelo de desenvolvimento que queremos para a região do Algarve, como região limpa e com uso das energias renováveis".
Diz ainda que "é uma decisão incoerente com o modelo de organização e de gestão do território que o Estado português tem imposto na orla costeira, quer nas fortes limitações ambientais, quer nas requalificações dos diversos espaços da costa, fazendo perdurar no tempo um lamentável processo iniciado nas costas dos algarvios, das comunidades e das autarquias locais".
No mesmo comunicado a AMAL afirma que "continuará focada na construção do futuro, ao lado dos algarvios, das comunidades e das Autarquias Locais no combate a esta ameaça do passado que teima em pairar sobre o nosso presente e sobre a construção de um horizonte de esperança com ainda mais e melhores condições de vida na região".
Deste modo a mesma entidade exige que o Governo, "em sintonia com a ambição do seu programa nas questões energéticas e de desenvolvimento do território, no respeito pela reafirmação dos valores ambientais e da utilização de energias renováveis em detrimento das energias fósseis e em convergência com a relevância da importância da região em Portugal e no Mundo, elimine definitivamente esta ameaça, desde logo, através da adequada avaliação dos riscos ambientais em todas as fases da licença agora prolongada".
A AMAL promete continuar "a arrogar-se o direito e o dever de prosseguir todas as formas legais para contrariar este processo desprovido de sentido de futuro, potencialmente lesivo da qualidade de vida dos algarvios, todos os que nos visitam e de economia da região".