Várias câmaras municipais estão a unir esforços para exigir à ANA um tratamento igual ao dado a Lisboa no pagamento de taxas turísticas.
Depois do acordo conhecido há um mês entre a empresa que gere os aeroportos e a autarquia da capital, vários municípios vieram a público pedir o mesmo.
Em causa está um protocolo em que a empresa assumiu o pagamento da taxa turística de um euro, por passageiro, criada pela Câmara de Lisboa, numa receita anual entre 3,6 e 4,4 milhões de euros. Uma decisão que gerou críticas de várias autarquias a pedir um tratamento igual.
Em declarações à rádio TSF, o presidente da câmara da Maia explicou que esta autarquia já se tinha unido a Matosinhos e Vila do Conde (os outros concelhos onde fica o aeroporto Francisco Sá Carneiro).
Agora, também Faro se uniu ao estudo que estão a fazer sobre a taxa que pretendem aplicar aos aviões que aterram e descolam no Porto.
António Bragança Fernandes diz que "quatro têm mais força do que um" e sublinha que a ANA abriu uma "caixa de pandora que agora tem de ser para todos pois temos os mesmos direitos que Lisboa". A ideia é pedir contrapartidas financeiras pela presença dos aeroportos nos territórios destes concelhos ou, em alternativa, avançarão com uma taxa.
Também o presidente da câmara de Faro, Rogério Bacalhau, explicou à TSF, que a espécie de união Norte-Sul surge do facto de os quatro concelhos terem interesses iguais, pelo que faz sentido a existência "desta parceria que pretende que analisemos, em conjunto, aquilo que iremos fazer daqui para a frente para sermos tratados tal como Lisboa".
Para além da anterior "aliança" entre concelhos que têm aeroportos no território, também Braga, Porto, Guimarães e Viana do Castelo têm concertado posições.
Refira-se que já esta manhã o presidente da ANA - Aeroportos de Portugal foi ao parlamento responder aos deputados da Comissão de Economia e Obras Públicas, sobre o assunto em causa.