Economia

António Costa inaugurou em Quarteira obra de "grande simbolismo"

O Primeiro-Ministro, António Costa, esteve esta manhã em Quarteira, onde presidiu à cerimónia inaugural do Passeio das Dunas.

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Obra relativa à primeira fase de um projeto estruturante para Quarteira já que permitiu criar um passeio marginal de ligação a Vilamoura, com espaços verdes e de lazer, e que privilegia a circulação pedonal e de ciclistas, valorizando o contacto com o mar e funcionando como um novo ponto de atração.
 
O Passeio das Dunas reabilitou também um espaço da cidade, que estava conotado como um dos “pontos negros” do urbanismo algarvio, onde durante anos funcionou o antigo bairro dos pescadores.
 
A obra teve um custo que rondou os 4 milhões de euros, financiados pelo PO Algarve21, com comparticipação do FEDER de 2.844.562,00€.
 
Vítor Aleixo, Presidente da autarquia de Loulé, que falou perante uma plateia de convidados e muitos populares, agradeceu a presença do Primeiro-Ministro, o autarca disse que a obra hoje inaugurada representa "o fecho de um ciclo e o arranque de um novo paradigma, do espaço urbano", focando a intervenção que foi feita no local, o autarca lembrou que antes do projeto "havia uma barreira quase incomunicável de duas realidades da mesma freguesia", realidade hoje muito diferente, pela intervenção feita no terreno que permitiu, segundo Vítor Aleixo, "romper com o passado, num espaço renaturalizado, entregue à natureza, permitindo uma nova escala de convivência e de relacionamento entre duas realidades, cujo diálogo parecia não ter linguagem possível".
 
O edil frisou que o Passeio das Dunas enquadra-se na política que o seu executivo iniciou em outubro de 2013, num compromisso com "a sustentabilidade, a mobilidade, a preocupação com as consequências das alterações climáticas, onde se inclui a eficiência energética o consumo responsável da água nos espaços verdes".
 
Chamando a atenção de António Costa, para os investimentos feitos em Quarteira, Vítor Aleixo destacou algumas obras que "estão a mudar a imagem da cidade, nomeadamente as novas avenidas, Papa Francisco, Fonte Santa e a futura avenida do Atlântico," com a promessa da criação de um programa de atividades culturais para jovens, a construção de uma nova escola, para substituir a atual escola básica D. Dinís, ou ainda a arte pública, dando como exemplo, a obra escultórica ontem inaugurada "O Polvo" numa rotunda de Quarteira.
 
António Costa, por seu lado elogiou "todo o trabalho que está a ser feito para bem de Quarteira e de toda a sua comunidade".
 
Relativamente à obra hoje inaugurada, o Primeiro-Ministro referiu-se como uma obra simbólica, "pelo facto de significar o esforço de renaturalização da frente de mar, apostando naquilo que é o melhor que o Algarve tem para dar, que são os seus recursos naturais e a sua qualidade ambiental".
 
O Governante defendeu que o turismo do Algarve, não deverá ser sazonal, só de sol e praia, mas também ambiental, seja do mar ao barrocal, dai a "importância de se investir na protecção da natureza", dando como mote o Passeio das Dunas, "que representa um grande exemplo de coesão social e territorial", um projeto que no entender de António Costa, ultrapassou "a barreira que separara os algarvios de 365 dias do ano, de Vilamoura onde muitas vezes, só vivem os algarvios que passam cá poucos dias do ano". 
 
O responsável pelo Governo, garantiu que o processo dos fundos comunitários está a ser tratado pelo seu executivo de forma célere, "de forma a agilizar o processo de atribuição de fundos que relancem a economia, nomeadamente novos produtos que visem financiar o investimento turístico, quer investimentos em fundo perdido quer com base em linhas de crédito para novos investimentos".
 
Ficou a promessa para a simplificação dos processos de licenciamento para a área do turismo e do ambiente, com destaque para o lançamento do novo programa "Simplex" que volta depois de 4 anos de ter sido interrompido pelo anterior Governo.
 
António Costa, salientou ainda que o seu Governo está disposto a descentralizar fundos e medidas, para atribuir às autarquias locais, pela capacidade de investirem localmente, naquilo que designou de "fundos e investimentos de proximidade".