Sociedade

António Eusébio preocupado com futuro do CME Sul

O líder do PS Algarve mostra-se preocupado com a actual situação do Centro de de Medicina de Reabilitação Sul (CMR Sul) de São Brás de Alportel, unidade considerada como exemplar quer a nível nacional, quer a nível internacional, um dos ex-libris da região do Algarve que se encontra «num processo de degradação organizacional iniciado com a passagem para a gestão da ARS Algarve, IP em Novembro de 2013».

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Esta alteração ocorreu após ter cessado o contrato de parceria público-privado, que durou sete anos, e após a recusa de visto pelo Tribunal de Contas de prorrogação do contrato de gestão.
 
Para António Eusébio “É constrangedora a situação em que o Ministério da Saúde colocou esta unidade de saúde altamente diferenciada e reconhecida nacional e internacionalmente pelas suas boas práticas clínicas e pelo trabalho desenvolvido na recuperação da autonomia de centenas de pessoas não lhe dando condições para manter as respostas para as quais está capacitada».
 
Na página do PS Algarve, o responsável pelos socialistas algarvios reforçou ainda: «das 54 camas de internamento, 10 encontram-se encerradas há meses por não terem sido substituídos os profissionais médicos que saíram”.
 
O Ministério da Saúde continua a não cumprir o assumido perante os autarcas algarvios, em reunião ocorrida no início de 2014, de que a breve trecho seria lançado o concurso internacional para a gestão desta unidade e, por isso, rapidamente normalizadas as condições de funcionamento do CMR Sul.
 
Na mesma publicação, lê-se: «Até ao momento nada aconteceu. São múltiplos os obstáculos colocados ao funcionamento desta unidade, ora veja-se, os profissionais ausentes, por baixa ou por licença, e os que saíram não foram substituídos, até há pouco tempo não era disponibilizada a medicação necessária tendo de ser maioritariamente adquirida na farmácia de rua, tal como não eram os produtos de higiene, entre outros aspetos», explicitou António Eusébio.
 
“Agora”, continua o presidente do PS Algarve, “é encerrado o ambulatório privando dezenas, centenas de utentes da possibilidade de receberem tratamentos fundamentais para a sua recuperação funcional, restringindo assim significativamente a acessibilidade a cuidados de saúde altamente especializados e diferenciados”.
 
Refira-se que, o CMR Sul é uma unidade hospitalar altamente diferenciada que trouxe à região, para além da prestação de uma tipologia de cuidados de saúde, até então inexistente no Algarve, o acréscimo da capacitação técnica dos profissionais de saúde, o aumento da acessibilidade a cuidados de medicina física e de reabilitação à população do Algarve e baixo Alentejo e a criação de mais de 150 postos de trabalhos, maioritariamente especializados, o que não é “despiciendo” na economia social e local.
 
Para António Eusábio é importante saber "Até quando pretende o Ministério da Saúde manter esta situação? Sabe o Ministério da Saúde o impacto que tal tem na qualidade de vida das pessoas afetadas?”.
 
Lamentando a ausência de respostas por parte dos organismos competentes, “mais uma vez, se perceciona que a região do Algarve não se encontra na esfera das preocupações e prioridades deste governo”, clarifica o líder socialista do Algarve.
 
No mesmo comunicado, o presidente do PS Algarve manifesta solidariedade com as preocupações expressas pelo presidente da câmara municipal de São Brás de Alportel, Vitor Guerreiro, e acompanhará a situação reivindicando a célere resolução dos constrangimentos com que o CMR Sul se depara, em articulação com o deputado do PS Miguel Freitas.