Saúde

António Pina quer um Algarve «modelo» no combate à Covid.19

Foto|D.R (Algarve Primeiro)
Foto|D.R (Algarve Primeiro)  
O Presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil do Algarve, afirmou que a região «tem que se preparar para os próximos 6 meses» em articulação com os municípios.

«Torna-se evidente de que todos teremos de ser vacinados, novamente, e inclusivamente, como se espera, as crianças, e só a vacinação dará uma resistência coletiva para este vírus», disse em conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, na Comissão Distrital de Proteção Civil de Faro, em Loulé.
 
Sobre a terceira dose, António Pina entende que não foi por falta de vacinas nem de profissionais, que o processo não andou mais rápido nos últimos dois meses, «foi porque começámos a pôr em dúvida a necessidade da vacinação», contudo, assume que «as coisas mudaram e hoje há uma grande motivação para a terceira dose». Para tal, o também Presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve - AMAL, adiantou ser convicção dos municípios, que esta nova fase é importante e tem que avançar o mais rapidamente possível, em articulação com a Proteção Civil, a Administração Regional de Saúde do Algarve - ARS e a Saúde Pública. A ideia passa por criar 16 pontos de vacinação na região e núcleos de apoio à Saúde Pública, para fazer um maior controlo sobre a proliferação do vírus, «como já aprendemos isso lá atrás».
 
O responsável reforçou que se o Algarve é uma região que tem uma das maiores taxas de incidência a nível nacional, o objetivo agora é que seja a primeira a sair deste processo: «com planificação e uma grande campanha de vacinação, seremos a região nº1, a nível nacional, e passar a mensagem de que o Algarve é uma região modelo no que diz respeito ao combate à Covid.19». E deu como exemplo, a decisão dos autarcas de não realizarem eventos que nesta altura do ano, costumam juntar milhares de pessoas, como a passagem de ano, «porque se tal acontecesse, seria um desastre para a saúde pública e a médio prazo um desastre para a economia», concluiu.
 
Na mesma conferência de imprensa, a delegada de Saúde Pública do Algarve, falou que a atual situação pandémica na região é «preocupante», com mais de três dezenas de surtos de covid-19, a maioria em escolas, no entanto, os hospitais «têm uma margem grande para absorção de doentes».
 
Ana Cristina Guerreiro informou que dados de sábado, apontavam no Algarve para 3.339 casos ativos de covid-19, 88 internadas nos hospitais, dos quais 20 nos cuidados intensivos com 14 ventiladas.
 
A região conta com 35 surtos ativos, dos quais 20 em escolas e dois em lares de idosos.