Este projeto vai ser implementado pela ARS Algarve, em parceria com o Centro Hospitalar do Algarve.
A Administração Regional de Saúde do Algarve apresentou hoje na presença do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, a nova Unidade Móvel de Rastreio do Cancro da Mama com Tomossíntese e diagnóstico assistido por computador, única a nível nacional e europeu, que torna o Algarve a primeira região do País a realizar rastreios com esta tecnologia de última geração e que permite aumentar significativamente a taxa de deteção de cancros da mama, reduzir os falsos positivos e o número de mulheres chamadas à consulta de aferição, reduzir a dose de radiação aplicada em cada exame e reduzir os custos do programa.
A sessão de apresentação decorreu no Laboratório Regional de Saúde Pública do Algarve, Dra. Laura Ayres, e juntou profissionais e dirigentes da Saúde da região, membros da Associação Oncológica do Algarve, autarcas e representantes de diversas entidades regionais. Foi também apresentado o projeto-piloto de Rastreio ao Cancro do Cólon e Reto na região que, nesta fase inicial, vai abranger cerca de 7 mil utentes da Unidade de Saúde Familiar Ria Formosa, em Faro, e da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de São Brás de Alportel, estando previsto o seu alargamento no início de 2018 progressivamente a todas as unidades de cuidados de saúde primários do Algarve abrangendo cerca de 140 mil utentes.
Este rastreio, vai ter como público-alvo homens e mulheres dos 50 aos 75 anos, e tem como objetivo diminuir a morbilidade e mortalidade por cancro do cólon e reto, através da deteção e tratamento precoce das lesões encontradas, com melhoria da eficácia, eficiência da intervenção e da taxa de sobrevivência, explica nota da ARS.
Este projeto vai ser implementado pela ARS Algarve, em parceria com o Centro Hospitalar do Algarve.
Na sua intervenção, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, enalteceu o trabalho de todos os profissionais de saúde envolvidos nestes projetos e destacou que «hoje é um dia histórico para a região do Algarve com o início do rastreio do cancro do colon e reto, algo que já estava a ser prometido há mais de 10 anos», sublinhando que «começamos no ano passado com uma experiência no Norte, estamos a iniciar também a região de Lisboa e Vale do Tejo e agora aqui no Algarve. Esperamos que estas experiências piloto se testem e validem e se comecem a alargar a todos os ACES para que em 2018 possamos cobrir a totalidade do território nacional. Com isso, esperamos duas coisas: aumentar a deteção precoce de novos casos, tratar mais cedo os doentes, aumentando a taxa de sobrevida a cinco anos e diminuindo a despesa do SNS».
No mesmo âmbito, o Presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve, Paulo Morgado, agradeceu o apoio do Rotary Club na aquisição da nova unidade móvel de rastreios e destacou «o papel essencial da Associação Oncológica do Algarve e do seu fundador Santos Pereira» pela sua visão de futuro e pela colaboração nos últimos anos com a ARS Algarve no desenvolvimento do programa de Rastreio do Cancro da Mama, que tem permitido «alcançar excelentes taxas de adesão e contribuído para a melhoria significativa da deteção precoce de cancros e aumentando a eficácia do seu tratamento».