Segundo esclareceu a Delegada Regional de Saúde Pública do Algarve, não existe nenhum surto de tuberculose nem qualquer ameaça de Saúde Pública.
Face à notícia veiculada em diversos órgãos de comunicação social, esta sexta-feira, onde o Presidente do Conselho Nacional de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros, José Carlos Gomes, denunciava que «10% dos enfermeiros do hospital de Portimão têm tuberculose», a ARS Algarve, desmentiu em comunicado esta informação "por não corresponder à verdade".
Segundo esclareceu a Delegada Regional de Saúde Pública do Algarve, não existe nenhum surto de tuberculose nem qualquer ameaça de Saúde Pública, quer para os profissionais de saúde do hospital de Portimão quer para a população em geral, adiantando que existe um caso confirmado e declarado no SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica) de Tuberculose Pulmonar, diagnosticada em maio de 2015, já em tratamento e um segundo caso, ainda não confirmado analiticamente, mas também já em tratamento preventivo.
A ARS Algarve, esclarece que nenhum destes casos reporta a Tuberculose Pulmonar Multirresistente, "como é afirmado, erradamente, pelo Presidente do Conselho Nacional de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros, nas declarações à agência Lusa".
No mesmo comunicado é referido que no âmbito das respetivas competências na área da vigilância epidemiológica, o Departamento de Saúde Pública e Planeamento da ARS Algarve, e a Unidade de Saúde Pública do ACES Barlavento estão a trabalhar em estreita articulação com o Centro Hospitalar do Algarve, tendo já efetuado o rastreio de todos os voluntários do Hospital de Portimão que fazem apoio no fornecimento das refeições, bem como outros apoios, na Unidade de Cuidados Intensivos, com inquérito epidemiológico individual, tendo em consideração que não são profissionais da Unidade de Saúde, sendo que o serviço de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar do Algarve já rastreou todos os restantes profissionais.
A ARS Algarve, diz compreender a preocupação do presidente do Conselho Nacional de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros, advertindo que este tipo de afirmações, tal como o mesmo reconhece nas declarações à agência Lusa «sem confirmação» prévia junto das entidades competentes e responsáveis, apenas fomentam alarmismo social junto da população.