Na sequência do comunicado da Câmara Municipal de Lagoa, sobre «o esvaziamento de pessoal médico e de enfermagem que as unidades de saúde do Concelho» de Lagoa, o Conselho Diretivo da ARS Algarve esclarece que há falta de médicos de família no Concelho de Lagoa, assim como em outros Concelhos do Algarve.
No entanto, atualmente mais de 80% da população do Algarve já tem médico de família atribuído, responde a ARS, cuja evolução da taxa de cobertura anual da população do Algarve com médico de família nos anos mais recentes passou de 53% em 2010 para 80% em 2016.
Segundo a Administração Regional de Saúde do Algarve, a falta de médicos de medicina geral e familiar tem sido colmatado com a contratação alternativa de médicos de clínica geral, em diversas modalidades, desde prestação de serviços com empresas ou a contratos a termo, o que tem "garantido o acesso à prestação de cuidados de saúde primários a todos os cidadãos do Algarve".
No caso concreto do Concelho de Lagoa, a ARS explica que existe uma Sede do Centro de Saúde, um serviço de consulta de recurso que funciona diariamente entre as 14 e as 20 horas para atender os utentes sem médico de família atribuído e também as situações de doença aguda.
Para a Sede e extensões de saúde do Concelho de Lagoa (Ferragudo, Estômbar e Parchal), são solicitadas 120 horas semanais de serviços médicos a uma empresa.
Em junho de 2016 foi aberto um concurso de médico de família, contemplando 30 vagas no Algarve, das quais 15 no ACES Barlavento e destas 1 para Ferragudo e 2 para Lagoa, não tendo havido colocação por inexistência de candidatos, situação que se repetiu em novembro, confirma ainda a ARS.
Na mesma nota da ARS, é referido que recentemente "um grupo de jovens médicos do ACES Barlavento decidiu constituir uma Unidade de Saúde Familiar, liderada pela médica colocada em Parchal, a qual foi inaugurada no passado dia 12 de dezembro, pelo que os cuidados médicos na Extensão de Saúde do Parchal têm vindo a ser assegurados parcialmente pela própria médica, assim como complementarmente por médicos externos, situação que se manterá até final do ano".
Algarve Primeiro