Curiosidades

As grandes verdades do amor

Para que exista amor, é preciso esforço, determinação, empenho, disponibilidade e vontade.
Para que exista amor, é preciso esforço, determinação, empenho, disponibilidade e vontade.  
Foto:Teksomolika (Freepik)
Assim á primeira vista, todos sabemos afirmar que amar é viver um sentimento grandioso e sem limites, que é dar o melhor de nós em troca do que o outro tem para nos dar e que não nos passa pela cabeça que esse sentimento termine. Mas será isto suficiente para manter a chama acesa?

 
Na posição dos especialistas, é também preciso incluir o respeito de parte a parte, a capacidade de diálogo, a aceitação do outro e de nós próprios, a compreensão e, não menos importante, deixarmo-nos amar por alguém. No entanto, da teoria à prática ainda vai um percurso que se pode esclarecer com estas 7 poderosas verdades sobre o amor:
 
1- A idealização não ajuda a alimentar o amor
 
O primeiro requisito para construir o amor é ter o cuidado de não alimentar os contos de fadas e não fazer do outro um príncipe ou uma princesa. Essa visão idílica do amor deve desaparecer na fase da adolescência, se queremos viver um amor duradouro, intenso e interessante.
 
Ninguém é feito sob medida para ninguém, nem é predeterminado para outra pessoa. O amor à primeira vista existe, mas essa paixão superestimada depende das circunstâncias. Tendo por base a nossa experiência, o contexto em que nos encontramos e a cultura a que pertencemos, podemos ou não acreditar nesse amor num primeiro encontro.
 
2- Quanto mais nos amarmos, mais seremos capazes de amar alguém
 
Uma das grandes verdades sobre o amor é que  só podemos amar alguém quando possuímos uma boa autoestima e uma grande capacidade de nos amarmos a nós mesmos.
 
O amor é um presente delicado que está na parte mais profunda do nosso ser, pelo que, quanto mais nos aceitarmos, mais seremos capazes de aceitar e de respeitar alguém.
 
Como amar é ter capacidade de sentir o outro, de o compreender, de o apoiar e dar-lhe o nosso melhor, quanto mais momentos de felicidade vivermos com outra pessoa, mais essa alegria se vai multiplicar e dar lugar a muitos mais momentos felizes a dois.
 
3- O amor ganha força com o tempo
 
Podemos comparar o amor a uma árvore que ganha forma e estrutura com o passar do tempo. No início, começamos por plantar uma semente que, ao ser alimentada e regada, acaba por crescer e por ser cada vez mais forte, dando lugar a uma árvore cada vez maior, com raízes e capaz de resistir às tempestades. O mesmo se passa com o amor: começa por ser frágil, mas à medida em que é cuidado e regado, vai ganhando forma e força. Com o passar do tempo, tem uma história em comum e muitos momentos em conjunto para celebrar e que unem as pessoas, fortalecendo os sentimentos entre ambos.
 
4- O amor é duradouro, não momentâneo
 
Atualmente, vive-se um conceito errado de amor. Exige-se muito e dá-se pouco, descarta-se o outro com muita facilidade e não se dá tempo para que a relação cresça, mas segundo os entendidos, essa postura nunca nos levará ao amor verdadeiro, já que este requer cuidado, dedicação, afeto, carinho, diálogo e muita compreensão para que se consolide e que dê lugar ao respeito pretendido.
 
5- O amor é duradouro, mas não infinito
 
Existe uma crença generalizada de que, estar apaixonado por outra pessoa é suficiente para que fiquem juntos para sempre. Esta é uma meia verdade sobre o amor.
 
É uma condição indispensável para ter sentimentos profundos em relação ao outro, mas também é necessário alimentá-lo diariamente. As pequenas atitudes mantêm a chama do amor viva e lembram os motivos pelos quais as pessoas estão juntas e cada vez mais unidas.
 
Segundo os especialistas, é muito fácil apaixonar-nos, o difícil é mantermo-nos apaixonados, pelo que, o segredo é a cumplicidade que se constrói diariamente, os momentos mais positivos que se celebram em conjunto, mas também aqueles de que não se gosta, mas que nos enriquecem e ajudam a crescer. Ser vulnerável também ajuda muito a unir os casais, tal como falar abertamente sobre todos os assuntos.
 
6- Quem ama, não faz chorar
 
Muitas pessoas dizem que, por muito dolorosa que seja a verdade, que preferem conhecê-la a passarem a vida na ignorância, no entanto, nem sempre é assim. É preciso saber dizer, é importante mostrar ao outro onde falhou, o que não está bem, sem fazê-lo sofrer e chorar.
 
Por muito que a verdade seja essencial numa relação, é preciso saber expressá-la e, para isso, é preciso respeito, educação e amor, pois quem ama, não gosta de ver o outro sofrer.
 
7- O amor e o ódio são separados por uma linha muito ténue
 
O ódio e o amor romântico mantêm um relacionamento íntimo. Ambos geram atividade nas mesmas áreas subcorticais do cérebro: o putâmen e a ínsula.
 
Embora seja comum pensar no ódio como algo negativo, devemos reconhecer que é uma paixão tão interessante como o amor, contudo, isso não quer dizer que não sejamos cautelosos e que o deixemos ganhar expressão.
 
A acumulação de pequenos episódios de desacordo entre o casal dá lugar ao ódio.
 
É como a última gota que faz o copo de veneno transbordar, embora também seja verdade que pode ocorrer abruptamente após uma ofensa grave. Assim sendo, é fundamental que se converse sobre os mais variados assuntos, que se esclareçam as dúvidas e que se encontrem novos desafios em conjunto, pois esse ódio acumulado pode ditar o fim de uma relação a qualquer momento, o desgaste da vida a dois e momentos de muito sofrimento.
 
Como se pode verificar, o amor real é muito diferente daquele que nos foi incutido nos livros e nos filmes. O amor romântico tem um curto tempo de duração e, é preciso agarrar a realidade e desenvolver um plano de vida a dois com uma base sólida e realista.
 
Anote ainda que, para que exista amor, é preciso esforço, determinação, empenho, disponibilidade e vontade. É essencial não ter pressa e ser capaz de resistir aos momentos menos positivos. Ao não reunirmos esses ingredientes poderosos, naturalmente que a nossa relação terá um curto prazo de validade.
 
Fátima Fernandes