O Bloco de Esquerda dá conta em comunicado, que foi aprovado na Assembleia da República, no passado dia 22 de julho, o projeto de resolução do seu Grupo Parlamentar, que propõe ao Governo que promova a coesão do Algarve através do resgate da concessão e requalificação dos troços da EN125 compreendidos entre Olhão e Vila Real de Santo António, depois de entregue há mais de um ano.
Para os bloquistas «o que se impõe» é o governo proceder, com urgência, ao resgate da concessão e à sua requalificação definitiva, «é a alternativa viável neste momento». O partido realça que esta posição é também defendida, de forma consensual, por todas as Câmaras do Algarve, incluindo as Câmaras de Olhão, Tavira, Castro Marim e Vila Real de Santo António, (conforme veiculado pela Comunidade Intermunicipal do Algarve/AMAL), pelo Movimento de Cidadania dos Utentes da EN125 – Sotavento e por outras entidades e cidadãos do Algarve.
O BE lembra que a EN125 é considerada uma verdadeira «rua urbana» mesmo depois de requalificada numa parte, entre Vila do Bispo e Olhão, criticando o facto «de ainda hoje» não se saber quando avançarão as obras entre Olhão e Vila Real de Santo António. «Toda esta situação, agravada com as erradas portagens na Via do Infante que fazem confluir grande parte do trânsito para uma EN125 que fica deveras congestionada, provocam elevados prejuízos e muito sofrimento para utentes, empresas e populações», assinala o partido.
Em causa estão «grandes prejuízos sociais e económicos», mas também a sinistralidade rodoviária que tem disparado nas estradas da região, principalmente na EN125 com muitas vítimas. Nos últimos três anos são mais de 10.000 acidentes de viação no Algarve. «Todos estes números deviam envergonhar o governo e outros responsáveis políticos», critica o BE.
Se a sinistralidade rodoviária na EN125 continua elevada, a mesma tem sido potenciada no Sotavento, «precisamente» pela falta de requalificação entre Olhão Nascente e Vila Real de Santo António. No mesmo comunicado o partido lembra que esta parte da via «mereceu uma mera requalificação de emergência, a título provisório, antes do verão de 2018 onde foram tapados os buracos mais visíveis, após os protestos de utentes e populações». Passados três anos, o Bloco considera que «estes remendos provisórios estão a degradar-se rapidamente e o que verdadeiramente importa é a requalificação urgente e definitiva da via».