Ambiente

Associação de Aljezur que recorreu a tribunal para impedir município de aplicar glifosato pede apoio da comunidade

Foto|D.R
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A associação ambientalista Arriba iniciou uma ação judicial para impedir o município de Aljezur de aplicar glifosato nas margens da ribeira e lança agora uma campanha de angariação de fundos para dar continuidade ao processo legal.

Na página da campanha, os organizadores explicam que lutam "há meses para que a Câmara Municipal de Aljezur substitua a aplicação de um tipo de herbicida cancerígeno (sal de glifosato) por métodos menos invasivos ao longo das margens da ribeira de Aljezur, inserida no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina."
 
"Assim que tivemos conhecimento sobre as intenções do uso de glifosato, decidimos agir em conformidade para impedir mais danos e perdas irreversíveis", revelam, tendo sido "tomada a decisão de iniciar uma ação judicial a favor do território e do seu bem mais precioso que é o Parque Natural."
 
O tribunal de Loulé terá emitido ordem para "paralisação imediata de todos os trabalhos", mas a associação decidiu lançar um crowdfunding através da plataforma GoFundMe, com o qual espera reunir cerca de 6.400 euros para custear um advogado que dê continuidade ao processo legal.
 
"Conforme a legislação portuguesa do ambiente, a Câmara de Aljezur deveria ter realizado uma avaliação de impacto ambiental antes do início da implementação do projeto, bem como informar a população sobre um assunto tão delicado, em tempo útil. Nada disso aconteceu", lamentam.