Desporto

Associação de Basquetebol do Algarve recusa «qualquer tipo de descriminação» mas regras são para cumprir

 
Na sequência da informação veiculada esta quarta-feira pela comunicação social dando conta do impedimento de uma jogadora do Clube de Basquetebol de Tavira ser utilizada no jogo n.º 186 do Campeonato Regional de Sub 16 Femininos, aludindo a factos de cariz religioso, a Associação de Basquetebol do Algarve esclarece em comunicado que apesar do jogo ter sido realizado no passado domingo, dia 10 de novembro, não recebeu qualquer informação do C.B. Tavira ou de qualquer entidade referente a qualquer ocorrência no jogo.

 
No sentido de averiguar o que se passou, a entidade solicitou o relatório do jogo ao árbitro principal nomeado para o mesmo; tendo contactado o treinador da equipa de Sub 16 Femininos do C.B. Tavira e os restantes elementos da arbitragem presentes no jogo.
 
Mais documentada a associação diz que não foi permitida a atleta entrar em campo, «devido à utilização de equipamento não-regulamentar, uma vez que utilizava uma blusa de mangas compridas e largas, pelo que aquando do aquecimento da equipa os árbitros informararam o treinador desta situação». 
 
O pai da atleta foi também contactado pelos dirigentes da A.B. Algarve e da Federação Portuguesa de Basquetebol no sentido de lhe transmitir o motivo pelo qual não foi permitida a utilização da filha no jogo, além dos procedimentos exigidos pela FIBA para os equipamentos, «de modo a evitar constrangimentos futuros».
 
A Associação de Basquetebol do Algarve lamenta contudo, «que tenham sido efetuadas publicações de notícias referentes a competições da A.B. Algarve sem que antecipadamente a mesma tenha sido auscultada como entidade organizadora do evento, recusando «frontalmente qualquer tipo de descriminação, seja ela de etnia, de género ou de religião».