Em comunicado, a AMA refere que a crise na habitação está "a arrasar a coesão social e económica do concelho, tornando quase impossível para os trabalhadores, jovens e famílias da classe média encontrar uma casa acessível na sua própria terra".
A nova equipa já iniciou uma ronda de reuniões com as forças políticas locais para apresentar o seu plano estratégico e garantir apoio. O “Projeto AMA 2.0” assenta em três pilares: a modernização jurídica, para adotar formalmente o modelo de propriedade coletiva e aceder a linhas de financiamento.
Com vista à criação de habitação a custos controlados, a parceria com o poder local, inclui a cedência de terrenos em direito de superfície e apoio nos projetos, reduzindo o preço final das casas.
De acordo com a associação, ao impedir a venda de casas no mercado livre, o projeto assegura que o património habitacional criado, permanecerá acessível, salvaguardando o investimento realizado
pelos moradores.
“A AMA tem um legado histórico em Albufeira e, com esta nova direção, reafirma o seu papel na construção do futuro do concelho”, afirma André Lima, o novo presidente da direção. “Não esperamos que nos construam as casas; assumimos essa responsabilidade com o nosso esforço. O que propomos ao poder local é que seja um parceiro facilitador, criando as condições, como a cedência de terrenos, para que a iniciativa dos cidadãos possa resolver um problema que é de todos.”
José Silva, membro da anterior direção que transita para a nova equipa, sublinha que: “A missão de 1976 é hoje mais urgente do que nunca. O que esta nova equipa traz é uma energia renovada e um modelo estratégico, o cooperativismo, que é a ferramenta certa para os desafios do século XXI. Estamos a honrar o nosso legado, modernizando-o para garantir que as próximas gerações tenham as mesmas oportunidades que as anteriores.”
A nova direção já reuniu com o atual presidente da Câmara Municipal, José Carlos Rolo, estando a ser agendadas reuniões com as restantes forças políticas (Coligação Albufeira é TUA, Chega, Iniciativa Liberal e CDU), com o objetivo de apresentar o plano estratégico e procurar um consenso alargado para uma parceria com o Município.
A prioridade nesta primeira fase será dada a quem nasceu no concelho ou nele reside há mais tempo e não possui habitação própria, assegura a associação.