No passado dia 24 de agosto, a recém-criada Regenerarte - Associação de Proteção e Regeneração dos Ecossistemas, deu entrada de uma ação judicial contra o Ministério do Ambiente, enquanto entidade que trabalha com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.
Para a associação, num momento em que o Algarve assiste à maior crise hídrica "de que temos memória no passado recente"; em que as alterações climáticas são uma realidade, "quando o Algarve deu um sinal de que se pretende preparar para as alterações climáticas, é intolerável que cresçam, um pouco por toda a região plantações de espécies, como o abacate, que adiciona stress, ao já muito elevado stress hídrico que o Algarve atravessa", acrescenta em comunicado.
Segundo a Regenerarte, "com a conivência das autoridades, hectares e hectares de abacate surgem um pouco por todo o lado, em completa roda livre, aparentemente sem qualquer controlo e sem qualquer fiscalização".
Afirma que lhes foi negada uma avaliação dos impactos que estas plantações têm no ambiente, nomeadamente, sobre a biodiversidade, o território, o solo, a água, o clima, incluindo alterações climáticas ou a paisagem.
Recorrendo à justiça, a associação diz que pretende chamar as entidades públicas à responsabilidade e "trazer transparência" ao processo de surgimento de monoculturas com "graves consequências para o ambiente".