Perante o disparar dos roubos de citrinos nos pomares, sobretudo na última campanha, criou-se um ambiente de pânico de consequências perigosas que tanto no plano do Estado de Direito Democrático como dos produtores, tem que ser travado, apela a Associação Algfuturo.
Esta Associação lembra que o Algarve representa 90% do país na produção de citrinos consumidos em fresco e que os privados com apoios públicos têm investido muitos milhões de euros na modernização do setor.
Um tema que foi levantado aquando da cerimónia de comemoração do 1º aniversário, desta Associação empresarial, que espera "bom acolhimento por parte das entidades competentes, face à dimensão do flagelo e com informações que sustentam a presunção de se tratar de associações criminosas portuguesas e espanholas a operar em todo o Algarve, com citrinos roubados que já rondam os três milhões a preço de mercado".
Para ultrapassar este problema a Algfuturo sugere que "tem de ser desencadeada pelas autoridades uma operação de grande envergadura já para a próxima campanha a iniciar em outubro. Têm que ser desmanteladas as redes e capturados e presos os cabecilhas".
Por outro lado, perante a proliferação da venda ambulante de citrinos (com muita dessa fruta roubada) e desqualificação do produto com venda a "saldo" e sem o mínimo de condições de imagem exigida perante portugueses e estrangeiros a um produto reconhecido com Indicação Geográfica Protegida, a que acrescem perigos para a saúde por pesticidas com a toxicidade ativa, é urgente desencadear mecanismos legais e regulamentares para proibição da venda ambulante de citrinos, defende, onde "para além dos prejuízos expostos, acresce a concorrência desleal e a fuga aos impostos".
Foto:Algfuturo