Economia

Autarca de Albufeira desdramatiza saída de Portugal da “lista verde” e lembra que “verão é longo”

 
Depois do anúncio do Governo britânico de colocar Portugal fora da “lista verde” de viagens internacionais e de ter motivado reações de perplexidade por parte de operadores turísticos nacionais, o Algarve Primeiro falou com José Carlos Rolo, autarca de Albufeira sobre o impacto desta medida.

 
De acordo com o edil, «tratou-se de uma decisão algo inesperada», reconhecendo que os números têm subido um pouco, «mas nada que justificasse esta decisão. Resta agora esperar pela próxima avaliação do governo britânico, acreditando que, Portugal regresse à ‘lista verde’. Até lá, temos de pensar nos outros mercados que também escolhem o Algarve como destino de férias».
 
O presidente da câmara de Albufeira refere-se ao mercado nacional, mas também a outros mercados de países europeus, nomeadamente Suíça, França e Holanda. O responsável desdramatiza a situação atual, na medida em que, o mês de maio foi positivo, com um significativo aumento de reservas, «muito embora agora não se saiba precisar o número de desistências para este período», no entanto, «acredito que o verão vai ser bom e ainda é longo, pelo que devemos continuar na expetativa positiva».
 
Ao nosso jornal, José Carlos Rolo sublinhou o facto de a vacinação estar a decorrer a bom ritmo, «sendo um ponto a favor para a retoma dos fluxos turísticos».
 
Relativamente às opções do Governo sobre a final da Liga dos Campeões que decorreu no Porto, o autarca critica a opção das autoridades portuguesas, considerando que, «apesar de não se conseguir fazer uma ligação direta entre o evento e o aumento do número de infeções, a verdade é que se passou uma imagem errada, sobretudo porque a Liga portuguesa não teve público e, de repente ‘houve aquela fartura de gente’ e ajuntamentos. É uma contradição», sublinhou.
 
O autarca lembrou ainda que, o concelho e Albufeira, tem um centro de testagem em frente ao edíficio da câmara, onde a população pode ser testada de forma gratuita com testes antigénio: «é uma forma de identificar um eventual foco de infeção; já identificamos alguns, não muitos, mas este processo é sempre importante, em meu entender, porque ao sinalizarmos alguém que está infetado, evitamos que ocorra um contágio”, concluiu.
 
O responsável não precisou quantos testes já foram realizados, mas aponta para vários milhares.